CRÓNICAS DO EUROPEU

SUÍÇA - 0 // 0 - CROÁCIA
Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Leiria

Um jogo equilibrado em que as duas equipas tentaram não arriscar muito com medo de descompensar no plano defensivo. Apesar disso, não foi um jogo mau, como até os comentadores da TV disseram. Não foi, é claro um jogo de topo, mas também não era de esperar outra coisa.
A Croácia, com uma equipa bem desenhada e com jogadores de valor, atreveu-se logo, por meio de Olic, numa jogada mais perigosa aos 20 minutos, precedida de muitas outras pequenas tentativas de menor perigo, de parte a parte. Nesta jogada, o destaque é para o português Lucílio Baptista que amarelou Prso por bem assinalada simulação. De seguida, duas oportunidades, uma para cada lado.
Desde o início, Hakan Yakin começou a definir-se como o distribuidor de jogo da equipa helvética. A Croácia jogou em ataque mais apoiado, enquanto a Suíça praticou muito mais o contra-ataque, tendo em H. Yakin o principal impulsionador deste tipo de jogadas. Por esta altura, apesar deste homem estar a exibir-se a um nível razoável, os homens de cada equipa eram o guarda-redes Stiel e o croata Mornar, um pelo excelente posicionamento que lhe evitava qualquer tipo de estiramentos e o outro pelas belas incursões pelo lado direito do ataque croata, fazendo uso de uma técnica de elevado nível. Aos 40 minutos, uma jogada de enorme perigo na área suíça: a defesa sobe tentando deixar os croatas em fora-de-jogo, num lance de bola parada, havendo um jogador que permanece e coloca em jogo todos os adversários. Stiel vê-se, então, perante cinco croatas prontos a cabecear. O cabeceamento saiu, mas o suíço atento e em esforço, deu uma palmada na bola devolvendo-a para a frente, sendo esta cabeceada novamente, mas desta feita para fora. O intervalo chega com a Croácia a jogar rápido e a suíça a fugir ao contacto com os croatas, visivelmente mais fortes fisicamente, trocando mais a bola.
Na segunda parte, notou-se um decréscimo na qualidade do jogo. Entrou Rapajic para o lugar de Olic que apesar de algumas esporádicas jogadas de utilidade, inventou demais na primeira parte. Vogel acaba expulso por duplo amarelo, supõe-se por palavras ou por ter pontapeado a bola após o apito do português. Haas, defesa direito suíço, começa a destacar-se e Chapuisat permanece apagado durante toda a sua presença em campo, sendo substituído por Celestini aos 10 minutos da derradeira parte. O jogo permaneceu um pouco mais incaracterístico até ao fim, mas com tempo para oportunidades de Prso, substituições de ambos os lados, picardias e até um caricato lance em que a bola é lançada para trás de Stiel e este corre atrás dela, até a alcançar e acabar por defender, depois de abrandar a trajectória da bola, com a cabeça.


Melhor em campo:

Jorg Stiel

Árbitro:
Lucílio Baptista - Esteve bem, algo interventivo mas sem exagerar. Muito bem a analisar as simulações efectuadas, principalmente, pelos croata

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