Viva o Carnaval, o Carnaval de Ovar!
Estou com tosse, alguns espirros e cansado. Talvez isto sirva para explicar que o Carnaval, apesar de ser brincadeira, também é sério e também mói. Quinta-feira, vestido de Ku Klux Klan, fui recebido com incredulidade. Talvez o racismo levado ao extremo seja algo difícil de satirizar, mas soube-me bem sentir que o facto cumpria o seu propósito. Porém, os prazeres da noite estavam algo dificultados, pois a boca encontrava-se tapada e obrigou-me a uma ginástica inesperada. Na sexta, um bispo. Abençoei metade das pessoas da rua, casei outras tantas e acabei por me divertir ainda mais, porque desta feita apenas a moral que o meu fato imprimia podia ser uma barreira. Não foi e, afinal, pode fazer-se de tudo quando se é bispo. O sábado era um dia especial. Era nessa noite que começava a colaboração entre a Banda do Pirilau e Os Marados. Jantámos todos no Sobe e Desce e a noite começou no desfile das escolas de samba. Seguidamente, dirigimo-nos todos às escolas e ensaiámos o esquema dentro do