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A mostrar mensagens de 2014

Uma história digna de um filme

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Quero contar-vos uma história: Imaginem dois irmãos. Não têm sangue em comum, visto serem de pais diferentes, mas foram criados juntos. Ambos têm a capacidade de fazer acontecer e gerar alguns seguidores e isso dá-lhes um estatuto que a poucos é permitido. No entanto, as vidas ditam que se encontrem numa circunstância cujo objectivo é comum, mas onde têm papéis diferentes. Se um é o dono desses desígnios por direito, o outro é mais carismático, mais inteligente e consegue arrecadar os seguidores mais fiéis e genuínos. Ao lado do primeiro, que sempre se considerou em posição superior, grassam os hipócritas, os interesseiros e os abutres; ao lado do segundo, aqueles que não cedem. Claro que, o primeiro, mentor de todas essas aparências, sedento de atenção e poder, fica ciumento. Começa a rodear o segundo de argumentos ardilosos e a tentar destruir-lhe a motivação de crescer, mas este tem objectivos concretos, mais relevantes, e não se deixa manipular Afastam-se, chegando mesmo a criar o

Raízes estúpidas não são pernas para andar

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Não deixem apodrecer as vossas raízes. Talvez seja melhor nem as terem, pelo risco de apodrecerem. É isto que quero mostrar. Quando começamos um trajecto novo, uma nova opção de vida, a maioria das vozes adianta-se a agoirar. Vêm de longe, até, para poderem dizer mal. Amiúde, opto por os deixar falar. Depois, fuzilo-os com os meus argumentos. Não é por presunção da minha parte. Não sou melhor pessoa. Contudo, evito ter raízes. Fugi de umas que me prendiam a dogmas, encontrei outras que me quiseram prender ao dinheiro, luto com várias que me tentam ameaçar. Tentam. Quem tem raízes, também tem ramos. Quem tem ramos, é inerte ou mexe-se apenas ao sabor do vento. Com braços e pernas pode-se trabalhar em qualquer lado. Com raízes e ramos só se é útil num local, aquele onde fomos plantados. Sempre tive um espírito libertino. Não gosta de se prender a não ser a objectivos. Concretiza-os e encontra outros. Talvez seja por isso que tenho livros e chapéus, enquanto outros podem passear-se em car

Vende-se

Vende-se homem resoluto De olhar impoluto Inteligência sagaz Homem de sono curto Que do tempo é um furto Que num bocejo se desfaz Vende-se nesta garagem Tornou-se uma miragem Daquilo que foi outrora Numa cama abandonado A qual se terá tornado Na estrada que vai embora Desaparecia rio acima Escondido na neblina Como tesoureiro da paz Guarda um baú vazio Naquele olhar sombrio De quem nada satisfaz Mas quando os olhos lampejam As vozes gorgolejam E é marcado a ferros quentes Flamejam-lhe as pupilas E aos ouvidos reguilas Prende-se de unhas e dentes Deixa-se adormecer Espera nunca morrer Esconde o rosto na almofada Sonha com nada sonhar E pretende acordar Sem ter pensado em nada Fernando Miguel Santos 09-08-2014

Dez anos

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Dez anos. Dez anos são o suficiente para uma criança sair da escola primária. O tempo mede-se em décadas, agora. Dez anos são mais de 3650 dias. Dez anos são mais do que resistem algumas marcas comerciais. O Fiel Depositário faz dez anos. E é um dos meus melhores amigos, por muito virtual que seja. É, sem dúvida, uma daquelas inabaláveis presenças na nossa vida que ora visitamos amiúde, ora vemos de longe a longe. É fiel, contudo. É filho de alguns blogs que já leu, padrinho de outros e irmão de vários. Quem o lê sabe de mim, sabe dos meus amigos e revisita passados estranhamente diferentes daquilo que hoje somos e fizemos. Dez anos são muito tempo. Dez anos são, ainda, um início. Parabéns, Fiel Depositário!

Lista B e o resultado (des)igual

Hoje, após vários meses de entrega e de luta, a nossa candidatura às eleições do GDCB Afurada, a lista B, saiu derrotada. Embora soubéssemos das dificuldades que enfrentávamos, nunca desistimos e foi com grande bravura que nos batemos por um resultado positivo.  Após a contagem dos votos, e num total singular e único na história do clube de 247 votantes, perdemos com 88 votos, bem abaixo dos 158 votos da lista de continuidade (1 voto foi considerado nulo).  Gostava que desta candidatura que encabecei como candidato a presidente ficasse a recordação de um trabalho fantástico da nossa equipa. São pessoas extraordinárias, que sabem estar e sabem o que fazem, verdadeiros amigos e as pessoas ideais para se manterem ao nosso lado numa altura dura como esta.  A todos os que votaram em nós um imenso obrigado. Tenho bem vívidas na minha mente as distâncias que percorreram, os esforços que fizeram, aqueles que chegaram atrasados ao trabalho, os que saíram de casa doentes... Considerem-se reconhe