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A mostrar mensagens de dezembro, 2007

Pobres coitados

Em época natalícia, ajudar os mais desfavorecidos será, porventura, uma das acções mais bem praticadas. Quanto a mim, continuo a achar que será uma tentativa dos ricos de fugir aos impostos e dos pobres de um dia serem riscos para poderem, imagine-se a desfaçatez, fugir aos impostos. Eu não sendo rico nem pobre - rico só se associado à palavra traste e pobre a par do vocábulo diabo – tenho alguma dificuldade em classificar a minha ajuda aos coitadinhos. Ainda assim, a proliferação de benfeitores é de tal forma visível que me leva a cometer o mesmo pecado: o de ser um coração mole e cair na redundância de, ano após ano, levar um pouco de mim a quem tem menos. Foi o que fiz Sábado, na Fnac do Norteshopping, e Quarta-Feira, no auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro. No primeiro caso, a minha ajuda aprouve a um senhor de cabelos brancos, revoltado com várias circunstâncias da sua vida. No segundo, para mal do meu coração amanteigado, tratava-se de um jovem, em plena flor da id

Espelho possível

A gota da água gémea do grão de areia da ampulheta que urge e buzina e fala e lembra A hora filha do tempo espelho do mal organizado juízo da hora que passa e vai A ternura o engano da ternura a ternura de ser o enganado e o enganador O pasteleiro a manhã a fortuna a perdição mas sempre a vontade A árvore escorre no tempo como um pingo de porcelana doce Todos os nomes e perdida como cada vontade de perder Atrás de uma adaga imperdível chamada como A ela e à devoção pelo prosseguir correndo Palavra de amor que lhe enviamos Só dependente da consentida Que nos leva onde quer Iniciativa o delapidar Poder deixar com Um diamante Ser um dia Querer Querer Ser um dia Um diamante Poder deixar com Iniciativa o delapidar Que nos leva onde quer Só dependente da consentida Palavra de amor que lhe enviamos A ela e à devoção pelo prosseguir correndo Atrás de uma adaga imperdível chamada como Todos os nomes e perdida como cada vontade de perder A árvore