Sul
Viajo para Lisboa á velocidade de um Intercidades. As paragens, boas para enquanto se dorme, são imensas para quem não se acompanha de livros nem tem as estações radiofónicas do Alfa. Eu trago três. Leio Dana Arnold, no seu A História da Arte e Avenida Paulista de João Pereira Coutinho, ambos saídos da irmandade estabelecida entre a Sábado e a Quasi, o meu prato principal e faço d’ O Ano de 1993 de Saramago a sobremesa poética. Anseio os Il Divo como penso nunca ter ansiado algum artista e talvez porque André Sardet chegou em hora de lamentos, os mesmo que agora quase ridicularizo. Enquanto isso, vejo o revisor e avalio-lhe o porte. Tem mais anos de carreira do que as caras de sempre do meu urbano ou, pelo menos, assim parece. E mostra que a idade lhe conferiu a sabedoria da melhor universidade que há, ao dizer a esta menina que agora entra em Alfarelos, com voz cândida, para colocar a mala grande no local que lhe é reservado, para não ir apertada. Fá-lo como um pedido, não uma ordem