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A mostrar mensagens de janeiro, 2011

O desencanto após o benefício da dúvida

O que fazer quando alguém é estúpido? Vale sempre a pena dar o benefício da dúvida. E se a estupidez persistir? Há que controlar o ímpeto de falar, aquele poder explosivo que reside em cada um de nós. E se mesmo assim continuarem as provocação? A esta cada um responde por si... O que é certo é que a sociedade tende a vaticinar resultados de acordo com a postura das pessoas. E não pode, como tenho verificado, ser assim. Após ter provado por mérito que o desempenho profissional não se encontra directamente relacionado com a aparência ou com escolhas de teor pessoal - que só a mim pertencem, portanto - esperava ver reacções diferentes. Notei-as, é certo. Algumas com um valor de falsidade tão notório que não merecem a mais pequena inclinação para as abordar. Acrescente-se um factor determinante. Tendencialmente, as mulheres são mais dissimuladas neste capítulo. Conseguem explorar factores, propositadamente, pelos quais alguém pragmático nunca optaria. Há mulheres pragmáticas? Claro. Como h

A dignidade ao som de alarmes de monitorização

Saio de fazer noite no hospital. Ainda sinto os sons intermitentes dos monitores. Parece longínqua a altura em que me espartilhava entre part-time e desemprego, sem compromisso com nenhuma carreira. Ainda assim, sempre com o mesmo empenho, não reconhecido porventura, mas necessário àquilo que são os meus próprios padrões de excelência. Afinal, o meu objectivo é sempre o meu melhor. E, valha a verdade, costuma chegar para um bom desempenho. Todos nós, de uma forma ou de outra, somos incitados a tratarmo-nos e expormo-nos como um produto. As nossas qualidades são apresentadas, somos procurados pelo nosso trabalho, enfim, somos requisitados por aquilo que melhor desempenhamos. Isso não me aconteceu durante um curto mas desesperante período de tempo, e esse facto é o sal que tempera as vitórias diárias. Contudo, apesar de um produto somos, fundamentalmente, pessoas. Há valores e princípios a salvaguardar e há, acima de qualquer promoção na carreira ou aumento de salário, uma dignidade a pr

Carta Aberta: um obrigado sentido!

Escrevo estas palavras como se de uma carta aberta se tratassem. Escrevo-a sem destinatário, como um cheque ao portador, podendo os fundos que as palavras escondem ou mostram ser depositados sob qualquer forma. Durante a minha vida tive a perspectiva de que é nos momentos altos que devemos olhar para trás e vislumbrar as dificuldades que até este momento nos trouxeram. Sempre sorrindo. E é perante esta retrospectiva que sinto a necessidade de apresentar estas palavras a quem as queira ler, independentemente da proximidade que entre nós exista. Tenho plena noção de que este é um dos textos mais íntimos e reveladores da minha natureza que alguma vez escrevi. Mais directo, ainda, porque escrito como se de uma carta se tratasse e usando uma oralidade própria da tradução escrita de uma conversa cara a cara. Durante dias que se tornaram semanas, que por sua vez se tornaram meses, vivi sem um rumo profissional que me agradasse. Durante muitos meses vi serem-me apresentados caminhos que não er