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A mostrar mensagens de dezembro, 2016

O amor mede-se, primeiro, no pouco

É provável que ela não saiba o quão importante é para mim. Neste texto, é o seu amor aos animais que me incentiva a voltar, num ano estupidamente duro, a escrever aqui.  São imensos os abandonos e regressos escritos neste blog, mas aqui está para um depósito, para qualquer depósito, ainda que esporádico. A maior parte dentre nós mede o amor pelo muito. Pelas noites muito tórridas, pelas prendas muito caras, pelo muito tempo em comum, pelas palavras muito fortes... Para mim, o amor mede-se, primeiro, no pouco. Nos momentos pouco interessantes do dia-a-dia, onde não precisamos de ser nada além de nós; nas palavras de sempre, pouco profundas; nos cumprimentos pouco elaborados mas consistentes; nos olhares de que pouco nos lembramos mas que são como argamassa de sentimentos; nos momentos pouco seguros, nos momentos pouco estimulantes e, principalmente, nos momentos pouco dignos de serem partilhados com o outro. Ao nosso lado sempre existiram animais. Em minha casa estão a Jessy e a Becky,