CRÓNICAS DO EUROPEU

REPÚBLICA CHECA - 2 // 1 - LETÓNIA
Estádio Municipal de Aveiro

Ambas as equipas começaram a partida com boas iniciativas, mais perigosas, como seria de esperar, por parte da R. Checa, que, logo aos nove minutos, fez perigo com Nedved a rematar contra a defesa e depois a servir Jankulovski que rematou com perigo mas ao lado. Nova insistência checa três minutos depois, com Kolinko, bem, a desviar e Koller a não chegar à bola. Na sequência de um contra-ataque, tipo de jogo que pautou a actuação da Letónia e com sucesso, quase que os letões estreavam o marcador. Rosicky, que não esteve ao seu nível, rematou, em recarga de um pontapé de canto, aos dezassete e repetiu o feito, aos 21', desta feita em jogo corrido, num remate de fora, que obrigou Kolinko a algum esforço para defender. Começavam os checos a superiorizar-se com Poborsky e Baros a destacarem-se, assim como o inevitável Pavel Nedved. E foi por meio de Poborsky que, aos 24 minutos, a R. Checa fez perigo. O remate chegou a raspar a barra. Surpreendentemente, a Letónia, em contra-ataque começa a criar perigo, e aos trinta e quatro minutos, Rubins, o 10 letão, que jogava mais rápido e melhor que os colegas, centra mas ninguem aparece a finalizar a grande jogada. A Letónia apresentava-se bem fisicamente, mais aguerrida. Koller raramente fazia alguma coisa, pois tinha Stepanovs, outro gigante, a marcá-lo magistralmente. Pois foi assim que, em cima dos 45', num 2 para 3 a Letónia chegou ao golo. Stepanovs assiste superiormente Prohorenkovs, que em corrida ganha a linha de fundo e centra para Verpakovskis marcar, perante a passividade checa. Os indicadores dizem tudo: 61% de posse de bola para os checos. O golo foi bonito, fez os letões sonhar e foi contra a corrente do jogo. Entretanto, tinha chegado o final do primeiro tempo.
A R. Checa entrou a pensar virar o jogo o mais rápido possível, uma vez que tinha a noção que a Letónia não ia fazer muito mais a não ser defender. Enganaram-se um pouco. A Letónia defendeu como na primeira parte, explorando, sempre que possível, o contra-ataque. Até aos 60 minutos houve um remate de Nedved que, saindo desviado por um defesa, não traiu Kolinko, saiu Grygera para entrar Heinz e Poborsky, cada vez melhor, remata na recarga de um canto de Nedved. A pressão checa era acentuava-se mas o último passe falava. O jogo começou a ficar mais lento devido ao calor, mas os checos não desistiam e no espaço que compreendeu os minutos 60 a 70 Baros recebeu de peito e rematou alto e Poborsky fintou um letão (bola para um lado, corrida pelo outro) e centrou para Baros que, so com Kolinko pela frente, falhou escandalosamente o alvo. Foi então que saiu Galasek e entrou Smicer, que pareceu libertar mais Koller, que efectuou de seguida um remate que obrigou Kolinko a aplicar-se. Novamente contra a corrente um perigoso lance de Prohorenkovs que falha por pouco o 2-0, aos 24 minutos do segundo tempo. Mas com o controlo do jogo a R. Checa estava cada vez mais perto do golo, como aos 72 minutos, quando Nedved remate duas, uma muito forte outra mais fraca. Kolinko continuava a defender. Numa jogada de qualidade de Rubins, o árbitro não assinala a obstrução que este sofreu. O treinador da Letónia mexe na equipa, então, mas sem grandes resultados. E no minuto 73, nascido de uma bola em que Poborsky, não desistindo, a impede de sair pela cabeceira, Baros marca na recarga, depois de Kolinko defender a primeira tentativa. Seguidamente, Koller tem uma oportunidade flagrnate mas demora tempo demais no remate. Entra Pahars para o lugar do herói Verpakovskis e Heinz, numa jogada posterior, manda à barra. O mesmo Heinz viria, aos 84 minutos, a aproveitar uma infantilidade da defesa letã para marcar o 2-1. Perto do final, a substituição de Bros deu-lhe a merecida ovação como homem do jogo.

Melhor em campo:

Milan Baros

Árbitro:
Gilles Veissière - mal num lance em que houve obstrução a Rubins, erro que é tapado pelo restante bom trabalho a todos os níveis.

Comentários