Cinzento

Liberdade. Todos nascemos presos, quanto mais não seja pela incapacidade de voar como alguns animais ou correr a velocidades estonteantes como outros. A nossa liberdade, foi dito um dia, depende claramente da dos outros. Por isso, é necessário também digladiarmo-nos por ela. Se a fronteira se aproxima de mim, então estou a perder terreno. Há que pegar na fronteira e forçar. Se não o fizermos as fronteiras tapar-nos-ão e deixaremos de enxergar o que quer que seja. Desapareçam as melhores coisas que temos: o Sol, a Lua, a amizade, o amor, as flores… Mundo cinzento? Outra coisa não seria de esperar. Temos de o pintar o mais tardar agora. Depois pode ser tarde de mais. E enquanto pintamos, alargamos fronteiras.

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