Homem-rapaz-criança

A época natalícia tem coisas fantásticas. Mas cansa. Começou a 12 de Dezembro, em Lisboa, para ver o concerto de José Cid. Continuou a 13, com um almoço e uma conversa gigante no Flor dos Arcos, o “meu” restaurante de Alfama. A 17 chegaram os familiares… e assim sucessivamente.
Nunca haveria Natal sem crianças e eu percebo agora que todos somos uma. Pelo menos nesta época festiva.
Eu, pelo menos, sou criança cada vez mais amiúde. Quando recebo uma mensagem de quem amo, quando ouço uma música do Cid ou do Herman, quando falo com alguém com quem já não falava há tempos intermináveis… Sou uma criança ao lado dos da minha geração, que já casaram e tiveram filhos…
Mas gosto de ser este homem-rapaz-criança. Dá-me a liberdade de me metamorfosear sempre que precise ou queira. E a adaptação é algo fascinante…

Comentários

Rute Coelho disse…
Fiz anos no dia 30/12. Apesar de faltarem dois anos para deixar de contar os anos que passam por mim, sinto-me como tu, mulher, miuda, criança. E é uma sensação fantástica.