Vende-se
Vende-se homem resoluto
De olhar impoluto
Inteligência sagaz
Homem de sono curto
Que do tempo é um furto
Que num bocejo se desfaz
Vende-se nesta garagem
Tornou-se uma miragem
Daquilo que foi outrora
Numa cama abandonado
A qual se terá tornado
Na estrada que vai embora
Desaparecia rio acima
Escondido na neblina
Como tesoureiro da paz
Guarda um baú vazio
Naquele olhar sombrio
De quem nada satisfaz
Mas quando os olhos lampejam
As vozes gorgolejam
E é marcado a ferros quentes
Flamejam-lhe as pupilas
E aos ouvidos reguilas
Prende-se de unhas e dentes
Deixa-se adormecer
Espera nunca morrer
Esconde o rosto na almofada
Sonha com nada sonhar
E pretende acordar
Sem ter pensado em nada
Fernando Miguel Santos
09-08-2014
De olhar impoluto
Inteligência sagaz
Homem de sono curto
Que do tempo é um furto
Que num bocejo se desfaz
Vende-se nesta garagem
Tornou-se uma miragem
Daquilo que foi outrora
Numa cama abandonado
A qual se terá tornado
Na estrada que vai embora
Desaparecia rio acima
Escondido na neblina
Como tesoureiro da paz
Guarda um baú vazio
Naquele olhar sombrio
De quem nada satisfaz
Mas quando os olhos lampejam
As vozes gorgolejam
E é marcado a ferros quentes
Flamejam-lhe as pupilas
E aos ouvidos reguilas
Prende-se de unhas e dentes
Deixa-se adormecer
Espera nunca morrer
Esconde o rosto na almofada
Sonha com nada sonhar
E pretende acordar
Sem ter pensado em nada
Fernando Miguel Santos
09-08-2014
Comentários