José Saramago e as presidenciais

Ontem, o jornal das 9 da Sic Notícias teve a presença de José Saramago. O pretexto era o novo romance "As intermitências da morte", mas Saramago teve também oportunidade de se manifestar quanto às futuras eleições presidenciais, ou não fosse Mário Crespo, o entrevistador, um jornalista de qualidade. De tal modo, a oportunidade não foi perdida e Saramago chegou mesmo a apelidar Cavaco Silva de «génio da banalidade». Perante tal adjectivação, Crespo perguntou qual a posição do Nobel acerca dos candidatos afirmando-se este como "militante fiel" e, portanto, apoiante de Jerónimo de Sousa. Em caso de segunda volta, quer contra Cavaco quer contra Alegre, Saramago optaria por Mário Soares. Tal afirmação não é, de todo, imprevisível uma vez que, apesar da ligação que possa haver a nível cultural entre Saramago e Manuel Alegre, a nível ideológico é Soares quem se encontra mais próximo dos ideias marxistas-leninistas de Saramago. Ainda assim, demasiado longe deles para não ser a primeira opção do consagrado autor.

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