Procrastinação: um problema maior





Ser um procrastinador está ao alcance de todos. Para quem gostar de se tornar algo cujo nome seja tamanho trava-línguas basta não se esforçar. Afinal, a procrastinação é automática. Podendo ter origem na busca do prazer que Freud apregoava é um óbvio sinal de que colocamos pequenos entraves prazenteiros àquilo que nos desafia. E está por todo o lado...
Ao acordar está naqueles cinco minutos que pedimos a mais; para sair de casa está naquela preguiça de levantar do sofá; para estudar está naquele peso que os livros têm antes de pegarmos neles; para as dietas está naquele último doce; para os fumadores está naquele café que não dispensa o cigarro; para tudo está no "daqui a pouco", no "mais tarde" e no "amanhã começo".
Exposta desta forma, a procrastinação vive em cada um de nós e cabe-nos, como sempre, lutar contra ela. Não se perde o dia por aquele cinco minutos da manhã. Talvez nem seja problemático sair apenas meia hora depois. E começar a dieta amanhã? É grave?
Bem, é só somar. Apenas com estes três exemplos estaríamos atrasados vinte e quatro horas e trinta e cinco minutos. Um atraso substancial numa vida que, todos sabem, tem fim.
Apesar deste conceito de finitude e de senso de urgência, todos temos o vício da modorra, o eterno dilema da indolência.
Tudo isto se deve ao hábito. É na força das rotinas produtivas, a nova designação para o clássico "pôr-se a mexer", que reside o segredo. Como facilmente se conclui, não há segredo. Há apenas um esforço que, se programado paulatinamente, com objectivos curtos e de forma sustentada, dá origem a resultados satisfatórios para cada um e influencia os que nos rodeiam, gerando uma onda de actividade que nunca antes se observou. Prontos para começar? Muito bem, mas tem de ser já!

Imagem: whywesuffer.com

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