Metropolitano

Escrevo em movimento. A cada dia que passa percorro este caminho, neste exacto meio de transporte urbano que é o metro.
Desde a sua criação que o metro mudou a cidade. Mais virada para o futuro, mais atenta aos turistas, mais fácil para os trabalhadores, o Porto é, por tudo e também por ter metropolitano de superfície, uma metrópole cosmopolita.
Não será difícil perceber porquê.
Já se torna complicado perceber a sua estrutura interna, as derrapagens financeiras, a falta de planeamento eficaz.
Porque temos todos de fazer escala na Trindade? É contraproducente em relação à concepção de um meio de transporte deste género.
Em cidades equiparadas, o metro possui linhas que se cruzam, que se tocam e que têm, ainda assim, destinos completamente distintos. Essas servem na perfeição os habitantes dessa cidade.
Coloca-se, por isso, a questão: terá o metro sido criado pela necessidade urgente de não ficar atrás do conceito de cidade moderna? Terá como público alvo apenas os visitantes, esses mesmo que nunca terão passe mensal?
E, agora que chego ao destino, sinto-o útil, como sempre e apesar de tudo...

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