Relvas, Carvalho, César e sua mulher


As relações alegadamente ténues entre Miguel Relvas e Jorge Silva Carvalho têm vindo a parecer mais estreitas no desenrolar de todo o processo e à luz de novos dados que vão sendo difundidos.
Mensagens telefónicas e reuniões de negócios (como agora noticia o JN nesta página) não me parecem - nem a ninguém, ressalve-se - relações tão ténues quanto se quer fazer transparecer.
Num clima de suspeição como o que reina, não será difícil perceber que as aparências também contam e devem contar, principalmente porque as pessoas envolvidas devem ser um exemplo de integridade pelos cargos que ocupam.
Será que estes dois senhores não consideram a possibilidade de, a cada nova noticia, verem adensar a nuvem negra que repousa sobre as suas cabeças?
Como diz um ditado que tanto aprecio, "à mulher de César não basta ser séria, tem de parecer". E neste caso, se as aparências não nos iludirem, o cheiro a irregularidade, a "compadrio" e a tráfico de informações podem inundar o ar que respiramos e o perfume ambientador da demissão de um subordinado pode não ser suficiente para os narizes democráticos dos eleitores.


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