O simples prazer de jantar

Chega a segunda-feira e janta-se fora. Vem a banda, os amigos, os copos que se entrelaçam em conversas, ora banais ora com a seriedade que tem de ser. E ouve-se. E fala-se.
Haverá maior prazer que partilhar momentos com amigos e ser feliz à custa disso? Ser feliz pelo preço de um jantar e pela simplicidade de poder gastar tempo a partilhar uma das melhores actividade que o ser humano desenvolveu com perícia: a comunicação.
As conversas vagueiam, é certo, por assuntos que a ninguém interessaria ler aqui neste post. Muda-se de assunto à velocidade da lembrança, memórias surgem livres de censura. Bebe-se um pouco mais. Os próprios copos, que se esvaziam rapidamente, soltam os lábios e a língua.
É um prazer estranho e, simultaneamente, facilmente explicável pelo espírito gregário que todos reconhecemos.
No final, os laços estreitam-se, as pessoas aproximam-se, a amizade já se começa a escrever com maiúscula.
O simples prazer de jantar não tem preço, não é taxado e deixa sempre três resistentes que, até de manhã, trocam as ideias mais recônditas.
Até segunda...

Comentários

Monica Soares disse…
Mais um tema de tertúlia... para as nossa noites de poesia, que é livre e tudo pode ser partilhado.
Mais um grupo de amigos conquistado!
Bj