Os nossos «nunca» e os nossos «sempre»

Não há dia em que não estejamos presos. A nossa liberdade consiste em escolher esse tipo de prisão, quando tal nos é proporcionado. Pior são os dias em que vemos que não podemos escolher, a nossa prisão está predestinada por outros e temos de lhe obedecer.
Um dia haverá em que temos necessidade de nos emancipar em frente desse tipo de prisões. E é aí que a nossa força, antes parada e escondida, se mostra em todo o seu fulgor e arrebata os nossos corações da sela em que se encontra.
Encare-se este texto como uma manifestação de um facto e não como uma afirmação de declínio. Não se declina quando se tem noção que para voar mais alto é preciso arrancar num plano horizontal, baixo, para ganhar lanço, espaço e poder necessário aos motores para esse arranque final.
Claro que há pessoa que nunca descolam. Preferem manter-se, não arriscando, no aeroporto das suas vidas, a observar, desde a janela, as sensações que as descolagens alheias lhes proporcionam.
Esses não podem dizer como nós, os que decolam:
- Até amanhã, no ar!

Comentários

Anónimo disse…
- Ar?
Parece-me bem. Lá nos encontraremos então.
Quem chegar primeiro, espera.