Até breve

Ontem, pelas 18h30, consumou-se o sonho da minha vida. Não é um sonho que por se ter concretizado acabe, mas sim uma carreira que pretendo abraçar.
Foi uma sensação indescritível. Chego ao ponto de me sentir estúpido porque lançar um livro e não ter palavras para descrever o que senti é incongruente. No entanto, se disser que a maioria das pessoas que gosto estavam presentes, que a presença delas foi como um bálsamo para mim, é perfeitamente compreensível este sentimento de impotência.
Da Dra. Alda Roma, a prefaciadora e apresentadora da obra, tivemos o privilégio de ouvir uma dissertação lúcida sobre o texto, assim como duas recordações em forma de artigos do Desalinhado, jornal da E.S. Inês de Castro, escritos por mim. Pessoalmente, ouvir que em mim se encontram características que combatem a mediania é algo de extraordinário pois sempre critiquei o comodismo e a falta de iniciativa. Daí que me tenha comovido o facto de ver ali lidos artigos meus que mantêm toda a actualidade sentimental. Por tudo isto, aqui fica o meu agradecimento escrito à Dra. Alda, pelo companheirismo e pelo trabalho fantástico que fez.
Quanto a mim, discursei durante largos minutos, mais do que os quinze indicados no alinhamento. O prazer de ver aquela plateia de olhos postos em mim levou a que, por vezes, e na tentativa de encontrar um final perfeito para a palestra, o próprio discurso me conduzisse por caminhos que eu não pensava trilhar. Referi que a «quinta pessoa mais importante da minha vida» não se encontrava na dedicatória e, frisando isso mais do que uma vez de diversas formas, acabei por revelar o teor dessa mensagem quase velada. Encontrei, por fim, e depois de muitas gargalhadas pelo meio, o fim ideal dedicando a última salva de palmas aos presentes, não a mim que, ali, não era o mais importante, ideia que transmiti ao longo de toda a intervenção. O livro é deles, para eles. Por isso, a marca que eu queria deixar está aí, nas bancas e espero com ansiedade pela próxima oportunidade de ter a mesma plateia e, se possível, aumentada, diante de mim.
Nada disto seria possível sem a presença dos meus pais, Joaquim e Cristina Santos, sem o amor dos meus irmãos, João Pedro e Francisco Duarte, sem a amizade sempre presente de todos os que me acompanharam e acompanham, sem os patrocinadores (Junta de Freguesia de Canidelo, por Fernando Andrade, e Foto Requinte, por Vítor Oliveira, além do meu pai, «o melhor conselheiro sentimental», e da minha mãe, «o alicerce que qualquer casa gostaria de ter») e, claro, sem a Papiro Editora e a Dra. Avelina Ferraz.

A todos o meu imenso obrigado! E até breve! É uma promessa…

Comentários