CRÓNICAS DO MUNDIAL

Se há facto que contribua mais para o charme de uma Selecção Nacional de futebol, esse é o de ser imprevisível o nascimento de um craque. Hoje, por esta hora, pode estar a nascer uma estrela que, se bem acompanhada, pode atingir um nível igual ou superior a muitos que hoje vemos pela TV. No entanto, este facto é também o mais ingrato. Se Shevchenko fosse brasileiro teria presença assegurada em todas as competições de renome, no que toca a Selecções Nacionais. No entanto, é ucraniano e tem de, por vezes, submeter-se, como nós, à TV para assistir a um Europeu ou um Mundial. Não é o que acontece agora, mas podia ter acontecido.
Por tudo isto, o Campeonato do Mundo de futebol é tão importante e indeterminado. Algures no plantel de uma selecção aparentemente insignificante lá aparece uma estrela, vinda do nada, pronta a destruir as expectativas dos analistas que, por norma, confiam sempre nos mais óbvios.
Assim, é quase nosso dever tomar atenção a este Mundial e, desta feita, de outro prisma. Em vez de vermos apenas o Brasil, a Argentina, a Inglaterra ou a Alemanha, há que observar atentamente o Togo, a Costa do Marfim, a Tunísia ou a Suíça. Porque as tradições não existem, vão existindo…

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