Espartilhados

África. Terra de desprendimento onde ainda reina a lei da selva. Europa. Terra de desenvolvimento onde reina a lei do espartilho.
Será que não podemos viver na feliz anarquia dos africanos, ainda que aproveitemos o nosso desenvolvimento para nos protegermos contra as calamidades do seu continente? Quando falo em feliz anarquia não quero ferir susceptibilidades, mas a verdade é que a profusão de leis nos leva a taparmos os nossos próprios sonhos em detrimento de regras que, na prática, nem terão o cumprimento desejado. Não existem tantos casos de fraude a essas mesmas leis? Para que servem então, senão existe previamente uma educação da população, um alertar para que se movam em torno do que é certo e não se fuja com subterfúgios cínicos e corruptores? Não são muitas as vezes em que se pode exprimir o desejo mais interior e, mesmo quando se pode, a sociedade reprime-o, sem deixar que ganhe raízes, por vezes lícitas, para que não se torne numa epidemia de liberdade. E há tanta gente que vê com maus olhos aproximações de gente de diferentes idades, de diferentes campos da mesma luta, tentando até descortinar esse tal desejo interior e aplicar uma punição ainda antes de haver julgamento. E que houvesse desejo interior, que importaria? Cada um sabe de si. Pena que, aqui no nosso mundo e nestas situações, seja a sociedade que dite as regras, mesmo que sejam as mais estapafúrdias.

Comentários

Anónimo disse…
Muito profundo!Muito bem!Gostei!
Há regras e regras!Temos de saber quais as mais adequadas e as que mais se ajustam ao nosso lema de vida!Nem tudo tem k estar no papel e nem tudo que está no papel tem de ser seguido!Temos de ser sensatos e inteligentes o suficiente para saber o k é bom e o k é mau, o k está certo e o k está errado!
Acima de tudo: Temos de seguir o coração!
As vezes ouvimos dizer: não é politicamente correcto mas moralmente é!Por vezes é bem verdade: a moral acima da inteligencia humana!Pensar com o coração!