Florença

Ontem, já noite, e já na cama, fazia eu o habitual zapping tentando encontrara algo que me prendesse e parei na Sic Notícias. Decorria o 60 Minutos, famoso programa da CBS, mas a versão portuguesa. A primeira reportagem levava-nos pelo Mundo da geração 80-90, a minha, portanto. Fiquei a ver. Algumas vezes dei comigo a abanar a cabeça, concordando; outras pensando como é possível as mentalidades chegarem a tal ponto. A reportagem passou e logo de seguida o apresentador falou da família Médici. O meu cérebro, já desperto pelo interesse intrínseco do programa, acordou ainda mais, fazendo a pequena associação Médici-Florença-Itália.
Segundo a reportagem, uma longa equipa de estudiosos, cientistas e outros interessados tinham desenterrado as sepulturas de dezenas de Médici para saber mais acerca deles. As doenças que tinham, os problemas que os atormentavam, enfim, pormenores do quotidiano que podiam ajudar a entender a vida de uma abastada família. Soube, por exemplo, que o pai da família, apesar de ser robusto e levantar pesos, no final da vida não pudera dobrar-se devido a três vértebras estarem juntas e que a mãe, devido aos onze partos tinha ossos frágeis, depois das crianças usarem o seu cálcio.
Mas o que mais me tocou foi uma imagem genérica, uma vista de cima da cidade de Florença. Reconhecendo a vista como a mesma que vi desde o Piazzale Michelangelo fiquei comovido. Se não cheguei às lágrimas pouco faltou. E depois, para arrebatar ainda mais o sentimento, a repórter afirma que Florença é, provavelmente, a cidade mais bonita do Mundo. E é mesmo. E eu estive lá…

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