De mal a pior

Após o começo do Euro, todas as outras coisas ficaram um pouco para trás, visto nunca ter escrito algo que fugisse ao evento. Ainda assim, não seria do meu agrado ter que o escrever, pois se nos vangloriamos com o Euro, com o resto bem podemos ficar desagradados.
As eleições europeias foram alvo do descontentamento enorme e ainda crescente da população, que rejeitou o direito de voto ou que deu um sinal ao poder que algo (ou será tudo?) tem de mudar. Até aqui, nada de mais. Os problemas começam quando os afectados por estas eleições perguntam porquê. Eu respondo: porque Durão prometeu cumprir o mandato e não cumpriu, porque o PS dizia-se agradado com o resultado e acabaram por aparecer muitos cães para o mesmo osso, muitos galos para um só poleiro, porque o Presidente que era aconselhado a dissolver o Parlamento resolveu dar a derradeira oportunidade ao PSD, e muito mais. Não que estas decisões nos afectem directamente, mas é a forma de lidar as coisas que desacredita a política e faz com todos se afastem. Não é um problema que assim seja, o que surpreende é que, sendo ele uma realidade, os interessados ajam de forma contrária aos seus interesses.

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