CRÓNICAS DO EUROPEU

PORTUGAL - 0 // 1 - GRÉCIA
Estádio da Luz, Lisboa

A grande final tinha chegado. Não correu foi como todos os portugueses desejavam. O "melhor Europeu de sempre" coroou o jogo defensivo, sem que isso nos permita tirar o mérito aos vencedores.
Miguel foi o primeiro a tentar (11'), mas Nikopolidis mandou a bola para canto. Charisteas respondeu quatro minutos depois sem sucesso. Portugal dominava o jogo. E a Grécia parecia gostar uma vez que nada fazia para mudar isso. Fazia, como sempre tinha feito, parte da sua visão de jogo.
O jogo chegou ao intervalo com um empate a zero, mas com Portugal mais perto da vitória, com 56% de posse de bola, mais ataques, mais cantos, cinco remates, contra zero remates gregos. Portugal fora forçado a substituir Miguel, lesionado na zona abdominal num lance com Giannakopoulos. Paulo Ferreira entrou para o seu lugar.
A vontade de vencer estava mais presente em Portugal, que lutava, jogava e queria mais. No entanto, no primeiro e único canto da Grécia na partida, Charisteas marca golo, praticamente livre de impedimento. Portugal não se deixou ir a baixo. Saiu Costinha e entrou Rui Costa, este último mudando um pouco o panorama pela positiva, fazendo Portugal jogar mais e obrigando a Grécia a encostar-se, como aliás eles gostam, à sua baliza. Nuno Gomes também entrou, mas nem ele nem Figo, Ronaldo, Rui costa, Maniche, Deco, ninguém conseguiu marcar. Cristinao Ronaldo dispôs de duas excelentes oportunidades mas desperdiçou. Aos 81', num remate surpresa, Ricardo carvalho ameaçou Nikopolidis, que não se intimidou e defendeu. Figo também tentou e a bola chegou a passar muito perto por ter sido desviada ligeiramente. Pena que durante os minutos de desespero português tenha entrado um adepto em campo. Dirigiu-se a Figo, com uma bandeira do Barcelona, que arremessou contra o número 7 e correu em direcção à baliza de Nikopolidis, embatendo violentamente nas redes. Dentro de campo esteve só dois ou três minutos. Uma eternidade para Portugal. Acabou por ser a única coisa a entrar na baliza de Nikopolidis. O jogo acabou com um apito que deitou por água abaixo o sonho lusitano. O segundo lugar é bom, mas não suficiente para a melhor em campo. Para a Grécia, o título é demasiado. Uma vitória injusta, como aliás todas que a Grécia logrou, mas mérito têm, não se pode negar. Pena que seja mérito a defender e a praticar um estilo antagónico ao futebol que todos desejam ver.

Melhor em campo:
Theodoros Zagorakis

Árbitro:
Markus Merk - esteve bem e ao nível da final que dirigiu. Ainda que tenha sido excessivamente zeloso no final, marcando falta a todos os contactos, não se pode acusá-lo de benefícios.

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