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A mostrar mensagens de 2013

Dom Porto, um caso exemplar

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O nosso governo defende, alegadamente, a iniciativa privada. Até aí, nada contra, uma vez que é direito de cada um dos cidadãos poder promover o seu próprio emprego e o de terceiros. No entanto, subverte-se a lógica da intervenção privada na economia nacional quando se preferenciam os grandes grupos económicos. Decidi, pela injustiça que este retrata, relatar um caso que me fez reflectir acerca de um pequeno pormenor, rodeado de tantos outros. O restaurante Dom Porto, sito no famigerado Cais de Gaia, fez fama pela sua gastronomia. Em tempos de ouro teve enchentes, ganhou prémios, mas a crise é como o sol e também nasce para todos. No entanto, a crise é, por vezes, criada por alguns, vivida por muitos e, pasme-se, usufruída até por uns poucos. Daí que as decisões tomadas em sede governativa não tenham amiúde a consciência do que se passa no plano social, no rés-do-cão do país. E, então, para auxiliar um meio em perigo e para revitalizar a restauração, um dos sectores para onde tende o k

Sem gasóleo no aniversário

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Há histórias que são impagáveis. Ao fazer vinte e seis anos, percorro a minha memória com mais calma do que amiúde se faz e revejo alguns momentos passados entre amigos. Que livros poderiam nascer de memórias tão boas! Não pensem que deitei alguma dessas gavetas fora. Apesar de existirem amigos diferentes, relações diversas entre as pessoas e até uma certa hierarquia nas amizades por uns serem mais próximos, nada é desperdício. Todos os momentos são parte integrante do caminho que me trouxe até aqui. Ontem, sem querer, nasceu mais uma história para contar. Bastou uma distração no caminho, mais trinta quilómetros do que se devia e eis que ficamos sem gasóleo! Linda prenda de anos... Fica a Filipa no carro a tratar de colocar o triângulo e eu, o aniversariante, largo em corrida pelos dois quilómetros que nos separavam da estação de serviço da Mealhada. A uns escassos trezentos metros um carro salva-me. Um casal e um cão, desconhecidos. Entro logo no automóvel, sem hesitar, após a corrida

O meu acidente

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A sensação de impotência, quase como se fosse a conduzir uma mota feita de sabão graças ao óleo das estradas, a dor do impacto e as dores de vários dias que se seguem (e ainda se mantêm), as feridas de abrasão feitas pelo deslizar desprotegido no alcatrão... Consequências de quem anda à chuva e, neste caso, não se molha mas cai. Tudo se passa num milésimo de segundo. O carro que me precede talvez nem se aperceba do erro que comete. E eu caio. Caio em plena cidade do Porto e quem pára para me ajudar? Um brasileiro preto. Perguntou-me tudo o que devia ter perguntado, esperou que me recompusesse e tentou reconfortar-me. Ainda me ajudou a erguer a mota e viu-me as feridas. Depois, esperou que eu telefonasse a alguém e deixou-me. Nesse dia, talvez tenha chegado atrasado ao trabalho. Não sou de fazer contas ao que se passa depois, mas esperava contactos de outras pessoas. Os "inevitáveis" fizeram-no, duma forma ou doutra, mas alguns deixaram passar ao lado. Talvez seja por ninguém

A Scooter Literária

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Sábado, após uma noite de serviço, a minha Besbi 125 marcou presença na Scooter Parade, a maior concentração de scooters do país, transportando-me e à Filipa. Na semana em que atingiu os 2000 kms, soube-me bem saber que há várias pessoas (mais de quatrocentas, pelo menos) que partilham do prazer de viajar neste veículo tão divertido. É também com prazer que recordo a forma como a Besbi chegou até mim e que faz dela a única Scooter Literária do Mundo! Sim, a Besbi teve o preço de um poema. Um poema escrito por mim que, após votação quase unânime dos professores do ginásio onde os poemas foram a concurso, se tornou o vencedor do primeiro prémio. Como é libertador não ter de me cingir aos horários do metro, às agruras do trânsito e dos lugares de estacionamento... Como é refrescante sentir a liberdade na cara (às vezes ao ponto de nos enregelar) e ir descobrindo, sempre com extrema atenção, a maneira de pensar dos outros condutores, praticar a arte da adivinhação em relação ao que os outr

Política e fraqueza

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Aproximam-se as eleições autárquicas mais estranhas da história do nosso país. Talvez seja porque os candidatos corruptos continuam a insistir, talvez seja porque o tribunal constitucional decidiu a más horas o que seria feito dos candidatos " repetentes", talvez seja da conjuntura. O certo é que nunca nada foi tão confuso nas eleições do poder local, as mais precisas na mente dos eleitores. Afinal, conhecem-se os candidatos, sabe-se do seu trabalho em prol das freguesias e dos municípios e não há aparelho partidário que vença a força do conhecimento. A culpa é da fraqueza de todos. A forma como tratamos os políticos, deixando-os ficar com os lugares que deviam ser de alguém que promovesse a cidadania activa e de qualidade, é a origem da classe política que nos representa. Tecnocratas uns, imbecis outros, levam a sua vida à nossa custa e nós a nossa à sua mercê e eis o resultado. Compreende-se que o peso não é igual dos dois lados da balança, que a corda pode partir do lado m

A herança impagável

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Hoje, faz anos um verdadeiro herói. Não por ser um distinguido atirador contra a Guiné do Ultramar, não por ser um trabalhador nato e um gestor de excelência, nem sequer por ser meu pai, o que me faz amá-lo descomunalmente... É um herói pela pessoa que está lá dentro, pelo coração mole que só não se desfaz em nome do orgulho masculino, mas que esboça sempre as suas reacções; é um herói por ter construído com as suas mãos e o seu saber uma realidade próxima daquilo que todos desejamos. Dele herdei este vício de não dizer que não a qualquer desafio, o tom elevado com que discuto os meus argumentos, a vontade com que compro pequenas guerras. Mas também foi dele que herdei o poder argumentativo, a garra de ir mais além e a capacidade de me fazer notar, de ter "olho em terra de cegos". Se nada disto bastasse, terias ainda o meu amor por ti, inabalável, imbatível e inigualável, como só um filho, o primeiro filho homem, pode amar um pai. Se fosses rei, eu seria o herdeiro do teu tro

Ignorantes vs. impacientes

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Tenho um colega de trabalho que, em plena preparação para um novo turno, me chamou ignorante com todas as letras, sem qualquer pudor e apenas por eu não ter identificado uma marca de moda nuns brincos, sobre a forma dos quais usei o meu sentido de humor. Na verdade, repetiu-o quando o questionei, temendo eu que a obstrução nasal de que tenho sofrido me estivesse a afectar também a audição. Não é a primeira vez que, em contexto laboral, ouço palavras descabidas, é certo, mas o que mais me chocou nesta abordagem foi o peso gratuito do insulto numa temática tão pouco consistente. Chegamos, como se vê, a um período de completa desconsideração, onde a crise e os seus sucedâneos são desculpa para a irritabilidade crónica de alguns, somada à frustração de outros. Os resultados são estes que se fazem sentir. Uma crise sem precedentes, mas que se refere não aos bolsos e às contas bancárias, mas aos comportamentos e à perda de bom senso. Orgulho-me de ter assassinado parte dos meus hábitos de pr

As bestas

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A vida é bonita. Tem as suas dificuldades, imensas vicissitudes, problemas a resolver, mas também tem a beleza do sentir, do amar, o prazer, as palavras, as pessoas que nos fazem felizes. Tem a felicidade, como estado efémero que, por isso, se torna tão procurada e nos faz prosseguir como a torrente de um rio. Contudo, o quotidiano tem trazido até mim mais uma parecença com os primórdios, o renascimento de um Éden pouco idílico: a existência das bestas. Se outrora as bestas se devoravam entre si e engoliam as presas, agora falam. O veneno é, por isso, mas visível, mais quantificável, não sendo menos letal. A razão do estado deprimente que este nosso jardim apresenta às bestas se deve. Umas querem dinheiro, outras querem poder, todas praticam a arte do atropelo. E todas caem. Não é uma verdade duvidosa que, mais cedo ou mais tarde, o jardim se oferece para resolver estas existências. Hoje temos bestas que minam a reputação do próximo, temos bestam que chefiam em vez de liderarem, temos

O melhor ano

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Há imensas razões para festejar a vida. Os sucessos, as vicissitudes vencidas, os problemas ultrapassados... Os porquês é que, por norma, ficam atrás dos resultados, escondidos como se fossem "a alma do negócio". Porém, há bem pouco tempo, um amigo disse-me que a razão dos meus sucessos recentes, como seja a mão cheia de concursos que venci a escrever, se deve a uma mudança de atitude e à estabilidade emocional que tenho. Se da mudança de atitude falo muitas vezes, eis que dedico todo este texto à estabilidade emocional que tu, Filipa Cardoso, me proporcionas. Fez ontem um ano que, entre apresentações quase fortuitas, acabei por reconhecer que éramos namorados. Sem um pedido, facto que não me esquecerei de redimir no próximo passo, acabámos por nos unir numa relação que já era uma inevitabilidade das minhas intenções há vários meses. Entraste na minha vida como ninguém, quase calada. Sem espalhafatos ou chamadas de atenção. Tu sempre no teu mundo, eu a tentar perceber o que h

Benfica

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Na época do Benfica tudo trata de expectativas. A desilusão que agora sentem os seus adeptos é proporcional às ambições que tinham e ao que esperavam, fundamentadamente, de uma equipa que lutou como poucas vezes fez ao longo dos últimos anos. Contudo, é escusado o alarido que se faz em volta das duas derrotas. E quando falo em alarido refiro-me aos insultos que atravessam as redes sociais, às faces cerradas que se encontram nas faces dos trabalhadores e até à influência que, alegadamente, poderia ter no PIB, segundo alguma iluminada estupidez. Acontece que sou portista e, a meu ver, o Benfica merecia a Liga Europa. No entanto, se o futebol se regesse pela lei do que joga melhor os golos não serviam para nada. O Chelsea marcou mais golos e ganhou. O Benfica teve mais garra, mais vontade, mas também alguma desatenção num momento que lhes custou caro, com falhas de marcação. Tudo isto, até os erros, são admissíveis. O que não é admissível é que se crie uma nuvem negra de insultos e outra

Uma estação chamada Sucesso

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Três de Maio ficará marcado como o dia em que descobri novos cheiros. Chegado ao Olival, procuro um estacionamento e encontro esses aromas florais tão típicos e próprios. Simples, que não coabitam com os pútridos factores olfactivos da cidade dura, proporcionam aquela perspectiva de tudo o que se tem e do nada que se vê no quotidiano. Dão-me o gozo dos dias, o prazer do sol que volta e o sentimento daquilo que já fiz e do que fica eternamente por fazer. Ultimamente, como se de flores falássemos, têm chegado até mim os resultados dos vários anos de entrega à literatura. Verdadeiros bouquets de sucessos que começaram no Aldeia de Luz, passaram pelo Dois Maços e pelo Quando o Natal Quiser e agora chegam aos concursos, reconhecimentos mais curtos, mas com o sabor que sempre se sonha. O primeiro lugar da letra da Marcha de São João da freguesia da Afurada foi o primeiro impulso popular, a veia recheada de vontade, as vozes que entoam o que antes era só a minha voz. Depois a ideia de um film

Para o papá... e para a mamã!

Dezanove de Março é, para mim, o dia mais caro a seguir ao Natal. Felizmente. Faz hoje 44  anos que nasceu a minha mãe, num dia dedicado à pessoa que há vinte e cinco  anos lhe semeou a minha existência: o meu pai. E que palavras  posso ter para eles? Eu, que por norma as trato por tu, perco a capacidade de  as usar quando o amor é a palavra de ordem. Mas, sem desistir, aqui vai: Cara Mamã, caro  Papá, Parabéns por  este dia, o vosso dia. Vou tentar escrever pouco, não porque as pessoas não pudessem ler, mas para evitar lágrimas, pois os teclados não se dão bem com secreções lacrimais. Sabem que vos  agradeço todos os dias? Não é por serem meus pais, porque isso é fruto de uma  série de acontecimentos  biológicos, mas por serem aquelas pessoas a quem posso  recorrer sempre que necessito. Por serem meus amigos, verdadeiros; por  partilharem comigo as vontades de per correr ameias intermináveis nos castelos;  por estarem ao meu lado nas vitórias; por me irem buscar a

O novo Papa e um ovo a cavalo

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Não sendo fã de teorias da conspiração, hipocondríaco alimentar nem um pouquinho católico sequer, fiquei bastante indeciso entre escrever sobre a carne de cavalo ou o Papa. Entretanto, perante a minha dúvidas, os cardeais eleitores elegeram o novo Chefe de Estado do Vaticano (é mais isso que líder religioso) e saiu fumo branco da chaminé da Capela Sistina às 18h06. Por isso, depois de "habemus papam" comemoremos com um belo bitoque porque nunca a expressão ovo a cavalo foi tão significativa como agora.

Um adeus agradecido, com amor

Foi na noite de segunda, começava ainda o dia 4 de Março de 2013, quando recebi a notícia já esperada. O meu pai, teu filho, lá estava ao teu lado e à espera que eu chegasse para o teu último banho que fiz questão de te dar. A imagem, apesar de ter pouco tempo, é simultaneamente forte e turva. Segundo quem viu, lavei-te com água e com as minhas lágrimas, irmãs destas que agora afloram por te escrever isto. Desculpa-me se o faço de uma forma tão pública a alguém como tu, tão cioso da sua privacidade e autonomia, mas o teu funeral mostrou-me que o teu nome era imensamente querido. As flores que te cobrem não deixam sequer ver a pedra tumular. Sabes do que terei saudades? Além do mimo, dos carinhos e dos momentos que passamos juntos em amena convivência entre avô e neto, sentirei falta até dos momentos em que me irritavas um pouco resmungando sobre a minha barba, criticando as minhas saídas nocturnas, comparando a minha loucura com a tua idoneidade... Agora que temos as tuas memórias para

So Pitch Bootcamp, Elmer Letterman e a preparação

O que são oportunidades? Eis uma questão que acompanha este acordar. Após a experiência de ontem no So Pitch Bootcamp, em Braga, fica mais próxima a ideia que sempre tive de que oportunidade é tudo, desde que estejamos prontos para isso. "A sorte é quando a preparação encontra a oportunidade", disse Elmer Letterman, o que nos faz concluir que a oportunidade está à espera da preparação, da nossa preparação, para nos brindar com uma estrela, seja ela qual for. Por isso, e depois da vitória de ontem no concurso de Escrita para Cinema, a consciência de que o trabalho e a persistência têm de ser a pá e a picareta de quem quer alcançar sempre mais está mesmo aqui dentro, quase a fazer-se mostrar à força. Por agora resta procurar a oportunidade, esperando que apareça de qualquer dos recantos onde se esconde, e estar preparado para tudo!

Só se ganha no fim

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A última semana foi extenuante! Palavras como "campanha", "votos" e "likes" dominaram as minhas conversas. Tudo isto porque a Conception proporcionou a oportunidade de cinco autores apresentarem as suas histórias à apreciação pública, prometendo como prémio a respectiva curta-metragem. Foi duro, foi cansativo, tirou até horas de sono a quem considera o Facebook apenas mais uma ferramenta. E sabem uma coisa? Ganhámos! Juntos ganhámos! Conseguimos angariar mais de 2600 votos numa semana! Tudo começou Sábado já de tarde e com um atraso de cerca de centena e meia de votos. No fim, o local até onde chegam os persistentes, os que aguentam a pressão, os que nunca desistem - como nós!- ficamos com o prémio e veremos o texto que escrevi, mas que agora pertence a todos os que o empurraram mais além, ser filmado! Imaginam o que isto vale? E a vossa ajuda? Imaginam que preço tem? Não tem preço, pois é incalculavelmente reconfortante. De Norte a Sul de Portugal, pelo M

O Papa diz "Adeus"

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Nos anais na História, registado como o último Pontífice a resignar, ficará durante muito tempo Bento XVI. Joseph Ratzinger decidiu abandonar a responsabilidade acrescida que é gerir uma instituição tão grande, tão difícil e tão dúbia. Ocorre a alguns dizer que se deveu a questões políticas. Outros afirmam que tal se proporcionou devido a problemas de consciência. Haverá ainda quem afirme que é pela saúde ou porque Deus o orientou nesse sentido. Ignorando conclusões e esoterismos como os de Nostradamus e São Malaquias que agora voltaram a estar em voga, apetece-me dizer que este é o momento em que mais admiro o, ainda, Papa Bento XVI. Se até aqui o achei demasiado conservador, muito embora o seu lado académico sempre tenha sobressaído pela positiva, é no momento em que ele é mais homem e menos pontífice que mais gosto dele. Deve ser difícil renunciar a algo que se sonhou, pelo que se trabalhou ou até a uma posição que não sendo sonhada é verdadeiramente lisonjeira. Ratzinger atingiu o

Problemas ferro e rodoviários: os comboios e o acidente do IC8

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O póstumo é algo bem mais profícuo do que o presente. Da mesma forma que os já falecidos eram todos boas pessoas, pelo menos a julgar pelas declarações dos presentes no último adeus, a solução de problemas que já não têm por onde ser resolvidos é obra comum do ser humano. O acidente do IC8 encaixa neste perfil. Descrever o acidente seria fazer eco das agências noticiosas, bem mais precisas do que este blog nesse tipo de descrições. Já no que toca à reflexão, este blog ficará, porventura, a ganhar. O piso tinha um defeito já por demais explorado, o autocarro não tinha cintos de segurança e, por fim, a legislação de diferentes países dá indicações divergentes quanto à segurança. Em primeiro lugar, se queremos operar num país diferente do nosso temos de cooperar com as autoridades do mesmo, ou seja, cumprir a lei que nesse país vigora. Segundo, os problemas de piso e de segurança devem ser resolvidos antes das viagens. Terceiro... Não há terceiro. Aliás, se fossem tomadas previdências ate

Procrastinação: um problema maior

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Ser um procrastinador está ao alcance de todos. Para quem gostar de se tornar algo cujo nome seja tamanho trava-línguas basta não se esforçar. Afinal, a procrastinação é automática. Podendo ter origem na busca do prazer que Freud apregoava é um óbvio sinal de que colocamos pequenos entraves prazenteiros àquilo que nos desafia. E está por todo o lado... Ao acordar está naqueles cinco minutos que pedimos a mais; para sair de casa está naquela preguiça de levantar do sofá; para estudar está naquele peso que os livros têm antes de pegarmos neles; para as dietas está naquele último doce; para os fumadores está naquele café que não dispensa o cigarro; para tudo está no "daqui a pouco", no "mais tarde" e no "amanhã começo". Exposta desta forma, a procrastinação vive em cada um de nós e cabe-nos, como sempre, lutar contra ela. Não se perde o dia por aquele cinco minutos da manhã. Talvez nem seja problemático sair apenas meia hora depois. E começar a dieta amanhã?

O prazer de uma vitória criativa

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O meu post de hoje é dedicado à motivação, à luta, às vitórias. Uma vitória é, por definição, um objectivo alcançado por entre dificuldades, contratempos e gente derrotista. Estas particularidades da vida que tantas pessoas impedem de vencer são aquilo que acaba por trazer satisfação a quem persiste. Orgulho-me de fazer da criatividade parte integrante do meu quotidiano. Por essa razão, dá-me muito prazer quando alguém toma um passo ou alcança uma concretização que farão o mesmo pela sua vida. Assim foi com a Filipa. Em primeiro lugar, fazendo o esforço para não deixar transparecer os sentimentos que nutro por ela - oops, já está! - endereço-lhe os meus parabéns pela Licenciatura em Tecnologias da Comunicação Multimédia. Como se perceberá pelo nome, esta é uma licenciatura que compete a todos aqueles que desejem ter uma vida relacionada intimamente com a produção de conteúdos multimédia, a comunicação que neles está incluída e o conhecimento das técnicas e da aplicação de uma s

Todos podem cozinhar

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Este é o lema de um filmes da era moderna da Disney que mais admiro, Ratatouille. Pude comprovar a realidade do mesmo através da minha primeira experiência séria na cozinha. Segundo os presentes à mesa, nove bem contados, tudo estava apetecível e foi, como pude confirmar no final, consumido até ao último pedaço. Bifes de peru com presunto e salva... Até me cresce a água na boca só de pensar! O mais incrível de tudo é a vontade que me dá de cozinhar, de fazer daquela arte um novo objectivo, um novo hobbie (como se todos os outros fossem poucos), de ler de saber de poder dar a quem nos visita algo trabalhado com afinco pelas nossas mãos e que lhes proporciona um prazer que podemos ver estampado na face. Houve quem repetisse, nada sobrou a não ser os elogios e, no final, como determinada personagem do supracitado filme, o meu ego emproou-se um pouco. Rápido conclui ser apenas um aprendiz de aprendizes, mas soube, agora por experiência, que todos podem cozinhar. Nota: a foto é real

Reclamações

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Quando num restaurante a carne chega crua à mesa todos me dizem: "Eu reclamava!". E eu reclamo. Quando numa loja espero mais de uma hora para comprar uma pastilha elástica todos me dizem: "Eu pedia o livro de reclamações!". E eu reclamo. Quando num hotel a cama tem cabelos dos hóspedes anteriores todos me dizem: "Eu vinha logo embora e fazia um escândalo!". E eu reclamo. Quando num bar me servem a bebida errada todos dizem: "Reclama que eles trocam". E eu reclamo. Quando o carro não pega, vai ao mecânico e volta a não pegar todos dizem: "O melhor é levares o carro lá outra vez e reclamares". E eu reclamo. Quando um produto de um hipermercado está marcado a um preço e passa na caixa a um preço mais caro eu reclamo. Quando um funcionário de qualquer estabelecimento me trata mal eu reclamo. Então porque é que quando um músico toca mal todos me dizem: "Deixa lá!"? É por ser artista? Não pode ser essa a explicação porque, no