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A mostrar mensagens de outubro, 2012

Respeito, por favor!

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Tenho aumentado consideravelmente o exercício físico que faço, não só pelo bem-estar que isso me proporciona, aproveitando um período de férias, como também para ajudar um amigo a perder peso. Para isso, além do treino que faço no ginásio, acompanho-o com a bicicleta e percorremos   a marginal de Gaia, sempre com o tempo e a intensidade controlados. Como se nota facilmente, damos valor a isto. E isso merece respeito! Podendo haver, e há, pessoas que detestem o exercício físico, considerem-nas, desde já, respeitadas por mim. Se não o fazem não serei eu a ir buscá-las a casa, pelo que não perturbo o decorrer de qualquer das suas actividades. Hoje, contudo, descobri, no passadiço da marginal gaiense, que eles não me respeitam da mesma forma, porque existem locais apropriados para caminhar e eles insistem em fazê-lo no local destinado ao exercício que pratico. Daí que a minha impressão fique como a fotografia: propositadamente desfocada. Muito embora existam ciclistas que pedalem pelos pas

A motivação (específica) deste escritor

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Página de «Dois Maços» (2011) Todos os dias são produzidas, com a ajuda nas das nossas sinapses, milhares de ideias brilhantes. Algumas são de tal forma difundidas que, mais tarde, se transformam em produtos ou conceitos de elevado valor económico. Outras passam a salvar vidas ou a gerar sorrisos e felicidade. Todas elas têm criatividade na sua essência. Mas só as que chegam até nós têm motivação. A minha motivação, enquanto escritor e com o percurso que sonho há tanto tempo quanto existo, é criar de uma forma fiel àquilo que mais desejo transmitir. Não me preocupam as acepções de públicos que não escolhem o que considero ser mais importante a nível literário. Há em mim, sem falsa modéstia, senão uma prática, um hábito. Uma carreira até, dado o tangente número plural de títulos, fugindo à singularidade tantas vezes significativa de experiência a prazo. Importam-me os versos bem construídos, as palavras bem alicerçadas... Desprezo, quase sempre, o uso desmedido do cliché e das p

De Indignados a Conformados: um Passo de Hábito ou Cravos à Lei da Bala

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Desde que a crise se instalou definitivamente nos bolsos dos portugueses e que a Europa é abalada constantemente com notícias que deitam por terra as infindáveis excelentes características que nos foram apresentadas acerca do Euro e da vantagem que é possuirmos uma unidade monetária que me questiono acerca daquilo que estamos a fazer para que tudo mude. Só há pouco tempo se percepcionou com nitidez que os portugueses queriam mudar de rumo. Viam-se manifestações em Espanha, na Grécia havia tumultos e em Portugal a mesma serenidade própria de um povo que prefere, enquanto está dentro deste pequeno e tão belo rectângulo, proteger-se antes e expor-se só em caso de anunciada catástrofe. Digo cá dentro, porque sei de fonte segura que não há povo que vença a vontade dos portugueses quando estes se decidem a desafiar as leis da normalidade, quando estes se propõem a vencer a vigorosa parede do destino e, noutro país, trabalham de tal forma que vêm a ser considerados dos povos mais laboriosos

Sobre o fausto de quem sabe mas não lê

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Hoje é um daqueles dias em que acordo assoberbado de cultura. E, no entanto, esta frase contém duas gloriosas mentiras. Primeiro, não acordo. Acabei de trabalhar durante a noite, pelo que, além de não acordar ainda me falta dormir. Além disso, estou a sentir-me atulhado na falta de cultura e não na sua, tão desejada, presença. Não raras vezes, como hoje, tenho o dever de aturar conversas avulsas com rótulo de heresia. Dizem essas vozes não gostar de ler e, por tal motivo, não terem hábitos de leitura. Confusa declaração esta de não gostar de ler. Acaso alguém é capaz de dizer que não gosta de respirar? E, ainda assim, é uma necessidade perfeitamente comparável com a leitura. De que serve, pois, terem aprendido a fazê-lo? Para contribuírem por ordem divina para   a não menos endeusada estatística? Que me atestem que determinado género de publicações, de textos ou   de palavras não são da sua preferência é algo que não me conduz a este estado de revolta. No entanto, o f

Deixa o sótão, amor. Anda ver as máquinas do (nosso) futuro!

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Onde estão todas as expressões de sublimação que procurei tanto tempo? Onde será que se encontram os seixos da calçada em que fui tropeçando? Quero agora revê-los e rir-me um pouco com eles. Onde estão os corpos inúteis, lançados na vala comum do desejo desprovido de sentido, que me trouxeram até ti? Amor, diz-me onde estão os silêncios gritantes que guardei lá atrás? Diz-me onde ficaram as melancólicas noites de balcão… Onde estarão os pares que me ensinaram os passos que agora só sei dançar contigo? E as teclas do piano que agora toco para ouvires? Tudo em ti. E aquelas manhãs em que o travo azedo das noites longas se perpetuava até à hora de voltar a ver o sol pôr-se? Essas são agora corolário de um beijo de acordar ou de uma despedida doce. Afinal, que fizeste às pedras da calçada onde tropecei? Não as quero, mas gostava de saber dessa magia, dessa tua subliminaridade com que fazes sumir o difícil. Se percorro os teus passos, maioritariamente dados aqui, de braço dado, não consigo

Lágrimas selvagens

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Há, entre amigos, laços que não se vêem durante o quotidiano das nossas vidas, preenchidas pelos afazeres que delas fazem parte, mas que acabam por determinar a pessoa que somos. São esses laços que, sendo chamados à razão da sua existência nos momentos determinantes, respondem com um rotundo sim e estão presentes na sua forma mais vincada. Ontem, compareci num local de perda. Uma perda enorme, já anunciada mas sempre imprevista, para um amigo. Nesse momento, após uma longa viagem para proporcionar o apoio devido, obrigatória na minha consciência e que, por isso, poderia até ter de me obrigar a percorrer o dobro da distância, subiu-me a empatia aos olhos e escorreu-me pela cara... No final, aguentando-se como podia com a despedida que lhe marcava a cara de cansaço, ele cumprimentou os outros amigos, sempre sem me ver. Eu já domesticara as minha lágrimas. Porém, quando reparou em mim, presença que ele ainda desconhecia, entregou-se à comoção. A surpresa, aliada à dor que nele habitava,

Obrigado!

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Ol á amigos! Antes de mais, obrigado por estarem desse lado. Ningu é m que queira ter uma exist ê ncia plena pode sobreviver sem a presen ç a da amizade e voc ê s s ã o os respons á veis pela satisfa çã o que sinto quanto a isso. Quero que percebam o quanto é dif í cil agradecer a todos. Gostaria de o fazer individualmente, mas fa ç o-o desta forma tipificada. Assim n ã o h á esquecimentos. No entanto, saibam que os sentimentos que nutro por voc ê s s ã o especialmente individuais. N ã o esqueci os momentos que vivi com cada um de voc ê s, apesar de, por vezes, falhar quanto à minha presen ç a. É por isso que escrever este texto me comove tanto... Chamem-me voc ê s Miguel, Migas, Fernando, Gerva, Escritor, Sucateiro, Saviola, Nandinho, Pensador ou qualquer outra alcunha que tenha marcado a minha passagem na vossa vida, lembrem-se do qu ã o especiais s ã o para mim, mesmo quando pare ç o esquecer-me. Voc ê s est ã o sempre comigo, porque eu trago-vos dentro de mim.