Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2005

William Shakespeare

Sonnet XVIII Shall I compare thee to a summer's day? Thou art more lovely and more temperate: Rough winds do shake the darling buds of May, And summer's lease hath all too short a date: Sometime too hot the eye of heaven shines, And often is his gold complexion dimm'd; And every fair from fair sometime declines, By chance or nature's changing course untrimm'd; But thy eternal summer shall not fade Nor lose possession of that fair thou owest; Nor shall Death brag thou wander'st in his shade, When in eternal lines to time thou growest: So long as men can breathe or eyes can see, So long lives this and this gives life to thee.

Chegada

A sonda Huygens chegou a Titã, o maior satélite de Saturno. nunca nenhuma sonda tinha ido tão longe. Receber-se-á, agora, informação importantíssima para a compreensão e o estudo da Terra. E não só. O Homem vai cada vez mais longe, mas ainda há problemas aqui bem perto.

Lord Byron

She walks in beauty She walks in beauty, like the night Of cloudless climes and starry skies; And all that's best of dark and bright Meet in her aspect and her eyes: Thus mellow'd to that tender light Which heaven to gaudy day denies. One shade the more, one ray the less, Had half impair'd the nameless grace Which waves in every raven tress, Or softly lightens o'er her face; Where thoughts serenely sweet express How pure, how dear, their dwelling-place. And on that cheek, and o'er that brow, So soft, so calm, yet eloquent, The smiles that win, the tints that glow, But tell of days in goodness spent, A mind at peace with all below, A heart whose love is innocent!

O Clube dos Poetas Mortos: Poemas

O Captain! My Captain! O Captain! my Captain! our fearful trip is done, The ship has weather'd every rack, the prize we sought is won, The port is near, the bells I hear, the people all exulting, While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring; But O heart! heart! heart! O the bleeding drops of red, Where on the deck my Captain lies, Fallen cold and dead. O Captain! my Captain! rise up and hear the bells; Rise up - for you the flag is flung - for you the bugle trills, For you bouquets and ribbon'd wreaths - for you the shores a-crowding, For you they call, the swaying mass, their eager faces turning; Hear Captain! dear father! The arm beneath your head! It is some dream your head! It is some dream that on the deck, You've fallen cold and dead. My Captain does not answer, his lips are pale and still, My father does not feel my arm, he has no pulse nor will, The ship is anchor'd safe and sound, its voyage closed and done, From fearful trip the victor ship co

Pormenores

A vida é feita de pormenores. Como tal, não seria justo deixá-los passar em branco. Os meus pormenores diários são algo que leio, que vejo, que ouço, enfim, que faço. Recentemente, li com grande avidez um livro que só porque me foi oferecido me chegou às mãos. Provavelmente, estando ele numa prateleira nunca lhe pegaria. Perderia assim um dos melhores romances que já li. Por favor não matem a cotovia , de Harper Lee, conta a história de uma pequena terra americana do tempo da escravatura pelos olhos de uma criança. A inocência da criança ao relatar todos os pormenores da sua vida e da dos outros torna o livro indescritível. A recordação da infância é, para a grande maioria das pessoas, uma grande alegria. Os seus pormenores ficarão para sempre gravados em nós. Por isso, recordo tardes e tardes a ver, rever e voltar a ver as aventuras de Tom Sawyer , de Mark Twain, adaptadas a desenho animado. Os downloads facilitaram tudo e agora é-me possível rever todos os fantásticos episódios desta

Viver por poder ser

Ser livre como um pássaro. Poder ser lento como uma tartaruga. Ser uma preguiça. Ter autoridade de leão. Ter pujança de jaguar. Ver mais longe como a águia. Ser mais forte que um gorila. Levar os esforços além do imaginável. Conseguir o que se quer. Imaginar o que não se quer. Viver sem viver. Pensar em viver. Sentir sem olhar. Sentir sem cheirar. Sentir sem comer. Sentir sem tocar. Sentir sem ouvir. Sentir por sentir.

Traição natural

A tragédia que se abateu sobre a Ásia é um assunto, por mim, difícil de abordar, o que explica o comentário tardio. Isto acontece porque, ao contrário das guerras e de algumas outras tragédias, não há um culpado. No 11 de Setembro foi fácil apontar o dedo a Bin Laden; na Guerra do Golfo II dois dedos apontam, um para Bush outro para Saddam… No caso do tsunami é impossível achar alguém que tenha culpa, alguém que carregue com a raiva das vítimas, alguém a quem blasfemar em caso de desespero. Também ao contrário de outros casos aqui houve uma traição. As Torres Gémeas caíram pela força de um inimigo cobarde, que se escondeu no próprio território-alvo urdindo o seu malévolo plano; a guerra no Iraque não foi mais do que uma entrada de rompante de um inimigo mas, mesmo assim, à vista de todos. Já as ondas que varreram a costa desses desgraçados países asiáticos usaram de traição para com as vítimas. Silenciosamente, recuaram. Depois voltaram e, aparentemente, fizeram-no como sempre. No enta

O rei na barriga

Todas as semanas, à sexta-feira, recebo a revista Sábado pelo correio, como assinante que sou. Lá dentro, de entre várias participações interessantes encontra-se a de José Pacheco Pereira. Corro, ao contar o que se segue, um risco enorme de ferir o meu blog de morte, visto ser o do referido o mais visitado e, portanto, ele uma pessoa reconhecida. Como escrevi um dia num daqueles cadernos viajantes, na minha humilde e modesta opinião, "o verdadeiramente talentoso é aquele que não se orgulha do seu dom". Ora, é exactamente este o ponto. JPP é, todos o sabem, um dos grandes intelectuais do país. Felizmente, e digo-o sem ironia, em Portugal há bastantes e de grande qualidade. Contudo, JPP tende, não raras vezes, a opinar com tal determinação que dá a entender que, como Atlas levava o Mundo aos ombros, também ele leva a inteligência às costas. A riqueza do nosso português (a língua, não Pacheco Pereira) permite-nos dizer algo de maneira leve que dito de outra forma seria chocante.