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A mostrar mensagens de junho, 2004

Mais pequena mas não necessariamente pior

É natural que, como devem calcular, o jogo Rússia-Grécia me tenha passado despercebido. Eu gravo e vejo os de Portugal, o que implica que não o possa fazer noutros jogos. Por isso, a crónica do jogo indicado será um pouco menor do que as outras. Só por esta razão.

CRÓNICAS DO EUROPEU

BULGÁRIA - 0 // 2 - DINAMARCA Estádio Municipal de Braga Foi um jogo em que, novamente, a Dinamarca voltou a demonstrar o seu bom futebol, equiparado à R. Checa, sendo as equipas que praticam um futebol bem jogado, agradável à vista. Rommedahl, logo aos 4 minutos, cruzou para um primeiro remate de Jorgensen defendido por Zdravkov e uma recarga de Sand que embateu em Ivanov. Repetiu Rommedahl o feito aos 9' mas Petkov cortou. Aos 22' Rommedahl teve de sair lesionado e entrou o recém-chegado Gronkjaer. Como se verificou depois, apesar da boa exibição do primeiro, o segundo fez esquecer a sua boa prestação. A Dinamarca continuou a jogar bem e demonstração disso foi a jogada efectuada aos 24': Jensen centra e Gravesen falha, assim como Sand. Laursen remata contra Kirilov que fica lesionado na cabeça, tal foi a violência do remate. Zdravkov foi obrigado a exibir-se depois de um remate de Gronkjaer chegado ao poste. Niclas Jensen veio então, aos 31', da defesa centrar para Sa

Que grande vitória

É claro que ninguém se vai importar. Eu peço desculpa na mesma, pelo adianto. Portugal ganhou e pouco mais há a dizer, mas muito mais há a sentir. Agora, pode vir quem vier, que se depender de nós, ninguém nos pára. Viva Portugal!

CRÓNICAS DO EUROPEU

CROÁCIA - 2 // 2 - FRANÇA Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Leiria Nos primeiros minutos a França dominou o jogo, nem sequer deixando a Croácia sair para o ataque. Não existiam muitas oportunidades mas a França dedicava-se ao ataque, não desprotegendo a defesa, onde o capitão Desailly estava de volta. E então, depois de muitas tentativas, Zidane executa um livre em que toda a gente falha. No entanto, Tudor desvia-a ao de leve e sem intenção, remetendo a bola para dentro da baliza. Estava feito o 0-1. A Croácia crescia mas os argumentos franceses continuavam a superiorizar-se. Aos 42', lance mais que mágico. Henry cobra o canto, curto de mais, mas Zidane levanta a bola de calcanhar para a cabeça de Gallas, que falha quando tinha saltado sozinho. O intervalo chegava com a França na frente e depois de muita luta a meio campo. No segundo tempo, a vontade francesa de alterar o rumo do jogo era tanta que Silvestre derruba Rosso na área. O árbitro assinala bem a grande penalidade. Estavam pas

CRÓNICAS DO EUROPEU

INGLATERRA - 3 // 0 - SUÍÇA Estádio Cidade de Coimbra Foi na sua totalidade um jogo que pecou pela escassez de emoções. A Suíça jogou o que pôde e a Inglaterra o que precisou para ganhar. Gerrard é sem dúvida um excelente jogador, mas parece estar em maré de azar. Aos quinze minutos, três depois de Frei falhar a emenda de um canto, quase fez auto-golo ao aliviar a bola para canto. Foi apenas um susto, até porque aos 22' Rooney tornou-se no jogador mais jovem a marcar num Europeu. Owen realiza um bom trabalho e um melhor cruzamento que culmina no cabeceamento do talentoso jogador do Everton. De notar que até ao golo a Suíça dominou, principalmente a nível territorial, debruçando-se sobre o meio campo adversário, sendo este contra a corrente do jogo. Rooney voltou a protagonizar perigo aos 33' mas não consegui desviar um centro de Ashley Cole. Em cima dos 45', Lampard faz uma falta infantil, pé em riste, e Hakan Yakin quase faz golo de bola parada. A Suíça foi alterada na int

CRÓNICAS DO EUROPEU

RÚSSIA - 0 // 2 - PORTUGAL Estádio da Luz, Lisboa Scolari fez quatro alterações na equipa que tinha enfrentado e sido derrotada pela Grécia: Miguel no lugar de Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho para a posição de Fernando Couto, Deco em substituição de Rui Costa e Nuno Valente a lateral esquerdo, lugar que tinha sido de Rui Jorge. Notou-se desde o começo da partida que Portugal queria matar rápido o jogo. Aos dois minutos Deco de costas desmarca Nuno Valente que não percebe e deixa a bola escapar pela linha de fundo. Aos 6', a estreia do marcador. Figo cobra uma falta de Sennikov que derrubara Simão, mas a defesa alivia. Maniche recupera, passa a Deco e entra para a área onde vai receber a bola após um centro-remate do companheiro luso-brasileiro. Remata sem parar a bola, sem oportunidade para defesa. Ovchinnikov limitou-se a vê-la entrar, tal era a impossibilidade de acção. O jogo desenrolava-se com Portugal a dominar mas sem grandes oportunidades de golo. A0s 29', Figo cruza ma

Espanha, árbitros e peixe

Árbitros. Este é o tema que os espanhóis têm em preferência desde que souberam que o jogo final será mesmo uma final, sendo que quem ganhar é que passa. Só é hilariante que falem de Anders Frisk naquele tom soberbo e ignorante, quando Mejuto Gonzáles é o pior árbitro deste europeu, a larga distância dos companheiros. No primeiro jogo que arbitrou (Dinamarca-Itália) errou montes de vezes mas sem repercussões a nível de resultado. Deixou só má imagem. Neste último (Holanda-República Checa) marcou faltas erradas e chegou mesmo a validar um golo em claríssimo fora-de-jogo. Para esquecer. Pela boca morre o peixe. Ou pela boca morre a Espanha.

E-mail e contagem

Uma vez que o "contabilista" já indica 530 visitas eu pretendo pedir um favor: aos leitores assíduos, principalmente, mas também aos pontuais se pretenderem, queria pedir o favor de colocarem o vosso e-mail no local para o efeito. De preferência, com o e-mail correcto. Se isto não for possível, tentem pelo menos que fique registado que vocês lêem o blog. Isto servir-me-á para contar mais pormenorizadamente os leitores, de modo a que daqui por diante possa agradar mais a cada um. Desde já muitíssimo obrigado.

CRÓNICAS DO EUROPEU

GRÉCIA - 1 // 1 - ESPANHA Estádio do Bessa XXI, Porto A Espanha começou o jogo a atacar melhor, com uma boa jogada de Etxeberria, que viu a bola ser-lhe cortada por Katsouranis. Na sequência do canto daí proveniente, Vicente cobra muito chegado mas Nikopolidis afasta. A Espanha continuava a atacar melhor, enquanto a Grécia não mostrava nada. Um erro de Fyssas e depois nova boa jogada trouxeram algum perigo à baliza grega mas os remates não saiam. A posse de bola cavava um fosso entre as duas selecções: 60% para os espanhóis. A Espanha é também mais agressiva e por isso vê vedada a utilização de Marchena contra Portugal, depois de ver um amarelo. O jogo mostrava-se algo morno, muito jogado no meio-campo, a Espanha sem lucidez para fazer um golo e a Grécia a jogar para destruir. Aos 26', Karagounis leva amarelo e fica também impedido de jogar contra os russos. Dois minutos depois, lance mágico: num mau atraso de Kapsis, Raul recolhe a bola e entra na área. Com um toque de calcanhar p

CRÓNICAS DO EUROPEU

ALEMANHA - 1 // 1 - HOLANDA Estádio do Dragão, Porto A Holanda entrou no jogo cheia de vontade de triunfar e ao segundo minuto Nistelrooy falou um remate apenas com Kahn pela frente. Os alemães também mostravam abnegação e Kuranyi chegou a ver o amarelo por jogar com a mão. A Alemanha ficou melhor, recuperando dos minutos iniciais em que foi dominada pela Holanda. Kuranyi mostra os seus dotes de rematador aos 22', não tendo sucesso no duelo com Van der Sar. Aos 27', o filme repetiu-se mas desta feita o remate foi de Worns. Aos 29' o marcador estreia-se: Lahm sofre falta de Cocu, que vê o amarelo. O livre é batido por Frings e ninguém desvia a bola, vindo esta a entrar directamente após bate no poste. Era o coroar de um bom momento da Alemanha. Aos 38', a Alemanha reclama uma grande penalidade inexistente, que o árbitro não assinalou. De seguida, Van Nistelrooy amortece de cabeça para o remate de um companheiro, sem consequências para a baliza à guarda de Oliver Kahn. Ne

Atrasos

Peço muita desculpa pelos atrasos das crónicas mas elas chegarão. Provavelmente hoje a leitura ficará praticamente em dia. Pelo menos esse é o meu desejo e todos os esforços farei para que assim aconteça. Segunda-feira, com toda a certeza, serão mais céleres a aparecer.

CRÓNICAS DO EUROPEU

REPÚBLICA CHECA - 2 // 1 - LETÓNIA Estádio Municipal de Aveiro Ambas as equipas começaram a partida com boas iniciativas, mais perigosas, como seria de esperar, por parte da R. Checa, que, logo aos nove minutos, fez perigo com Nedved a rematar contra a defesa e depois a servir Jankulovski que rematou com perigo mas ao lado. Nova insistência checa três minutos depois, com Kolinko, bem, a desviar e Koller a não chegar à bola. Na sequência de um contra-ataque, tipo de jogo que pautou a actuação da Letónia e com sucesso, quase que os letões estreavam o marcador. Rosicky, que não esteve ao seu nível, rematou, em recarga de um pontapé de canto, aos dezassete e repetiu o feito, aos 21', desta feita em jogo corrido, num remate de fora, que obrigou Kolinko a algum esforço para defender. Começavam os checos a superiorizar-se com Poborsky e Baros a destacarem-se, assim como o inevitável Pavel Nedved. E foi por meio de Poborsky que, aos 24 minutos, a R. Checa fez perigo. O remate chegou a rasp

CRÓNICAS DO EUROPEU

SUÉCIA - 5 // 0 - BULGÁRIA Estádio Alvalade XXI, Lisboa A equipa da Suécia jogou, finalmente, com o regressado Larsson, depois de este não ter participado em nenhum jogo de qualificação por ter desistido da selecção, logo após o final do Mundial '02. Um jornal sueco, contudo, realizou uma verdadeira mobilização de pessoas, que depois de muitos pedidos, conseguiram o regresso do temível avançado do Celtic de Glasgow. Quem pensa que o domínio da Suécia foi avassalador desengane-se. Logo aos seis minutos, a Bulgária reclama penálti mas o árbitro, bem, a não marcar. A Bulgária dominava o jogo, e aos 15' Martin Petrov ganha a linha de fundo, centra para o remate de Jankovich, com perigo mas sem sucesso. Dois minutos depois, um lance invulgar: Petkov, tentando aliviar a bola, atinge também a cara de Ibrahimovic e Michael Riley assinala, correctamente, livre indirecto, no limite direito da pequena área. Por esta altura ainda a Bulgária dominava, jogando melhor. Mas como sempre, o inst

Surpresa

O e-mail que recebi ontem ainda não prenuncia um clube de fãs mas, quem sabe, um dia… Uma menina, leitora de uma revista em que participo regularmente, revelou o seu gosto por um artigo que escrevi sobre a adolescência, juntando ainda conselhos úteis aos elogios endereçados. Como lhe prometi uma surpresa caso ela lê-se o blog , aqui está um agradecimento público. Muito obrigado.

CRÓNICAS DO EUROPEU

DINAMARCA - 0 // 0 - ITÁLIA Estádio D. Afonso Henriques, Guimarães A Dinamarca entrou melhor no jogo, e para isso muito deve ao treinador Olsen, que colocou em campo um 4-3-3 atrevido. Trapattoni pelo contrário foi cauteloso, numa equipa que tem grande poder técnico nas individualidades, mas que nunca se mostrou bem colectivamente, jogando num nítido 4-2-3-1, táctica que Cruyff espera não alastre para muitas selecções e não domine este europeu. Os dinamarqueses dominavam a seu bel-prazer, utilizando muito a mudança de flancos para baralhar as marcações italianas. Neste particular, Niclas Jensen e Rommedhal eram determinantes, principalmente este último, que combinando com Helveg na direita, criavam grandes problemas à defensiva italiana. A Itália só se destacou nas bolas paradas por meio de Totti que obrigou Sorensen a uma defesa apertada para canto. Aos dezasseis minutos a primeira oportunidade flagrante da Dinamarca, antecedida por outras mas ténues, num remate de Helveg e que acabou

Euro2004.com

O link do Euro2004.com foi acrescentado ao favoritos. Desta forma, o acesso a uma informação completa, logo após a leitura das Crónicas do Europeu, é facilitado.

Europeias

As Europeias foram um pouco esquecidas por causa do futebol. Mas aqueles que votaram não se esqueceram do que têm passado com o actual Governo e decidiram dar um sinal da mudança que anseiam. O PS venceu de forma esmagadora, o BE elegeu Miguel Portas, a CDU manteve-se com dois deputados e a grande derrotada foi a coligação Força Portugal!, que elegeu nove deputados. Assim, podemos dizer que a esquerda ganhou, sendo que a direita, embora unida, não conseguiu contrariar os sinais de crise que se vêem e os que se adivinham.

Antevisões

Depois de um jogo impróprio para cardíacos, hoje perspectivam-se jogos algo interessantes. A Dinamarca enfrenta a Itália, candidata ao título, mas é, no entanto, uma equipa que já venceu um Europeu e tem tradições nestas competições. A Itália de Totti, Nesta e Del Piero está, teoricamente mais perto da vitória deste jogo e deste grupo, sendo que a Suécia, que enfrenta a Bulgária, é, a meu ver, a candidata ao segundo lugar, que deverá disputar com a Dinamarca, salvo alguma surpresa por parte da Bulgária. Esperemos para ver como o mais que talentoso jovem Ibrahimovic, jogador do Ajax de Amesterdão se comporta num jogo europeu. Amanhã é tempo de mais um combate de potências. Após o República Checa-Letónia, os outsiders do grupo D, Alemanha, a finalista vencida do último Mundial, e a Holanda, equipa de Van Nistelrooy, Kluivert, Makaay, Davids e Cª, defrontam-se no Dragão. É possível que seja um jogo muito equilibrado, embora a técnica holandesa se possa suplantar à força alemã. Dois jogado

CRÓNICAS DO EUROPEU

FRANÇA - 2 // 1 - INGLATERRA Estádio da Luz, Lisboa Nos primeiros minutos de uma partida que se adivinhava bonita e bem disputada, a Inglaterra dominou, logo aos 5 minutos com uma oportunidade que Owen falhou, prenunciando a má exibição que assinou, apagado. Muito há, portanto, a dizer deste jogo. Talvez por isso até se diga menos, por ser difícil escolher os pontos-chave de tal confronto. Foi um verdadeiro duelo de titãs. Trezeguet protagonizou dois dos lances mais perigosos para a baliza da Velha Albion, já então se via um jogo equilibrado, em que ora uma ora outra equipa dominavam o adversário com laivos de lucidez e boas jogadas de bonito traço. Ambas as equipas executavam um futebol ao primeiro toque, rápido, de equipa, um futebol que só esporadicamente beneficiava os tecnicistas, que, então, pegavam na bola e exibiam os seus dotes perante adversários de gabarito semelhante. As oportunidades sucediam-se, os centros de Beckham também, e num destes, de bola parada, e já perto do fin

CRÓNICAS DO EUROPEU

SUÍÇA - 0 // 0 - CROÁCIA Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Leiria Um jogo equilibrado em que as duas equipas tentaram não arriscar muito com medo de descompensar no plano defensivo. Apesar disso, não foi um jogo mau, como até os comentadores da TV disseram. Não foi, é claro um jogo de topo, mas também não era de esperar outra coisa. A Croácia, com uma equipa bem desenhada e com jogadores de valor, atreveu-se logo, por meio de Olic, numa jogada mais perigosa aos 20 minutos, precedida de muitas outras pequenas tentativas de menor perigo, de parte a parte. Nesta jogada, o destaque é para o português Lucílio Baptista que amarelou Prso por bem assinalada simulação. De seguida, duas oportunidades, uma para cada lado. Desde o início, Hakan Yakin começou a definir-se como o distribuidor de jogo da equipa helvética. A Croácia jogou em ataque mais apoiado, enquanto a Suíça praticou muito mais o contra-ataque, tendo em H. Yakin o principal impulsionador deste tipo de jogadas. Por esta altura, apesar

CRÓNICAS DO EUROPEU

ESPANHA - 1 // 0 - RÚSSIA Estádio do Algarve, Faro/Loulé O jogo começou muito pensado, mas cedo as equipas se libertaram e a qualidade melhorou significativamente. A Espanha teve duas oportunidades nos primeiros 3 minutos, jogadas que levaram perigo mas não necessitaram de intervenção de Ovchinnikov. O jogo revelou-se equilibrado, tendo Vicente e Alenichev como homens do jogo, protagonizando, no espaço de 3 minutos, duas excelentes jogadas individuais, ainda na 1ª parte. Até ao final do primeiro período, ambas as equipas tentaram mas nenhuma levou senão perigo para o lado do adversário. Na segunda parte, Yartsev realizou algumas substituições revelando má leitura do jogo e prejudicando até o rendimento de algumas das suas melhores figuras, incluindo Alenichev. Mesmo assim, a Espanha pouco sobressaiu, até ao momento em que Saez fez entrar Valeron, que marcou logo de seguida o único e decisivo golo da partida. Depois do golo a Espanha começou a justificar a vitória até aí não merecida. D
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Vive o Euro! 

CRÓNICAS DO EUROPEU

PORTUGAL - 1 // 2 - GRÉCIA Estádio do Dragão, Porto A primeira edição e já de pesar. A estreia destas crónicas que se prevê acompanhem todo o Europeu dá logo conta da derrota da "nossa" selecção. Portugal foi, parafraseando João Marcelino, "uma amálgama de jogadores". Cada um para seu lado, os jogadores portugueses não tiveram a lucidez de flanquear bem o jogo, nem tampouco de utilizar o controlo de bola e o passe como armas ao serviço do colectivo. A Grécia sim, jogou bem, marcando logo aos 7 minutos do jogo, por intermédio de Karagounis, que chegou a ser dado como suplente. Perante um erro de Paulo Ferreira e uma "auto-estrada" pela frente, o grego rematou, protagonizando o único atentado no Dragão, com uma bomba para dentro das redes defendidas por Ricardo. Otto Rehhagel conseguiu surpreender com a táctica irrepreensível e diferente das expectativas. Na segunda parte, repetiu-se o que menos se desejava. Os gregos lograram novo golo nos primeiros minutos

2004

O Europeu que todos os portugueses (ou quase todos) ansiavam já chegou. A contagem decrescente acabou e o tempo que falta só chega para acabar de alinhavar os últimos pormenores. Portugal é já um país que se fala além fronteiras. Não é por falta de conhecimento que Portugal não cresce. Quem manda é que parece ter falta de vontade. Portugal tem turismo (e muito!), não é mais conhecido como sendo província espanhola, tem nomes que nos projectam lá para fora e tem tudo para crescer. Contudo é lento neste processo, tão lento que os outros conseguem distanciar-se. Se calhar falta-nos uma geração que "revolucione", que mexa com isto. E ela pode, muito bem, estar a crescer nesses lares por aí fora. Até lá, vê-se o Europeu, anseia-se pela vitória final e divertimo-nos a ver bom futebol (assim espero) e um desenvolvimento um pouco mais acelerado e catalizado pelo Campeonato. Viva o 2004! Viva Portugal!

Amizades e recordações

Hoje foi o primeiro dia de férias. Na verdade, na quarta-feira o dia foi ocupado pela praia, no entanto, as actividades promovidas foram-no pela escola. Isto significa que, por muito extra curricular que fossem, a alçada continuava a ser escolar. Agora sim, posso dedicar-me a tudo o resto. Este ano foi, porém, muito produtivo no que toca a amizades. Aproximei-me mais dos que me acompanharam a Londres; fechei mais feridas que tinha de fechar e, embora saiba que nunca as sararei por completo, espero, no mínimo superá-las por muito tempo; conheci pessoas de quem já tinha feito "juízos de valor" quase errados e que acabaram por me surpreender; recordei velhos e bons tempos; e conheci muita gente nova, que também povoou o meu dia-a-dia nesta parte final. Não é preciso citar nomes para eles e elas saberem a quem me refiro. Por isso, a todos muito obrigado.

Feira do Livro

A Feira do Livro do Porto merece-me um comentário positivo. Ao longo de tantas edições, é natural que se vá aperfeiçoando, chegando ao ponto de já ter praticamente tudo alinhavado de forma a correr tudo pelo melhor. Na presença de alguns escritores que se disponibilizavam a dar autógrafos, a Feira decorria calmamente, cheia de organização. Simone de Oliveira, Lídia Jorge e Inês Pedrosa eram, por assim dizer, as cabeças de cartaz, estas duas últimas com direito a entrevista. Eu também primei pela organização. Saído de casa já com os nomes das aquisições na cabeça, comprei Romeu e Julieta (improvisei, visto não ter esta ideia) e o romance O Código Da Vinci, de Dan Brown. Até ao já lido capítulo cinco de cento e cinco (resta "apenas" uma centena), o livro é já para mim um monstro das prateleiras. E a forma fluida de Brown escrever apela ainda mais ao enredo. Simplesmente brilhante.

Expectativas

O ser humano é dotado de várias incapacidades. Esta paradoxal contraposição (como se pode ser dotado se se possui incapacidades?) é uma das características que mais contribui para a felicidade do Homem, muito embora não pareça. Se é verdade que por um lado nos impede de realizar muito do que queremos, tem o seu lado bom, por outro. Neste lado mais ameno apresenta-se a incapacidade de prever o futuro. Nada de futurologias, antes, quando me refiro a prever o futuro, penso nas múltiplas tentativas do Homem de, perante factos, tentar prever o porvir. Ainda bem que assim não é. Se assim fosse, todos saberíamos que, estando hoje Sol, amanhã também estaria; que, se hoje tenho muito, amanhã também terei. E grassava a monotonia. Pois bem, o Mundo é bem diferente, e por tudo isto, o Homem é surpreendido constantemente. Pessoas que antes pensávamos serem-nos indiferentes podem vir a tornar-se deveras importantes. O que hoje está mau, não ficará assim interminavelmente. E estas indecisões a que so

Hobbies

Depois de um ano intenso e extenso, agora que se acabaram as avaliações e pouco falta para que o mesmo aconteça com as aulas, vejo que terei muito mais tempo para me dedicar ao que deixei mais para trás: a escrita, a leitura e a música. Quanto à escrita, aqui está; no que toca à leitura, a Sábado tem acompanhado os meus serões; quanto á música há obras para preparar e concertos do Rock in Rio para ver. E porque não começar já com a Britney Spears?