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A mostrar mensagens de dezembro, 2004

Comparações

Naquela tão famosa quanto estúpida intervenção, Rui Rio compara Jorge Nuno Pinto da Costa a Bernard Tapie e Gil y Gil, insinuando a corrupção; no prefácio da autobiografia do Presidente do FCPorto, Lennart Johansson, Presidente da UEFA, compara o autor a Santiago Bernabéu e Ângelo Moratti, como criador de impérios. Qual deles tem mais legitimidade para a comparação? Excluindo o facto de Rui Rio vir a apunhalar a sua cidade desde o momento da eleição enquanto Johansson faz uma UEFA melhor e tendo em conta a inteligência de cada um destes homens…enfim, Rui Rio ainda tem muita sopa por comer. E se depender das pessoas do Norte, a sopa vai mesmo ficar no prato.

"Sou um abismo mental"

João Queirós disse-a. A história abraçou-a.

Cantores

Já vos tinha falado no ténis. Ontem, para finalizar o período, deu-se o jantar do Clube de Ténis no restaurante Areal, em Miramar. As trocas de prendas, os sorteios, a comida, enfim, tudo muito divertido. Mas o grande momento da noite foi o karaoke. O prof. Jorge Ramiro cantou Olavo Bilac "Fala-me de amor", o Ricardo e o João cantaram o "Vira" dos Mamonas Assassinas e a Nisa e a Sara cantaram "Solta-se um beijo", Ala dos namorados", só para citar alguns. E eu? Sozinho, enfrentando aquele público que, afinal, não era sequer ameaçador, cantei "The first cut is the deepest" do Rod Stewart e fui o primeiro da noite a cantar em inglês. Tive direito a gritos, vénias, cânticos, uma verdadeira claque. E pronto, foi uma noite bem passada, na companhia dos amigos. Para repetir…

Ténis

Ténis. Para mim sempre foi um desporto elitista, até que um dia um professor o trouxe para a escola. Pois bem, agora, mais de um mês depois, o vício entranhou-se. Começou por ser uma brincadeira, passou a hobby e já é quase uma responsabilidade. É bom, é barato e dá para alargar os conhecimentos e espairecer do stress, que sendo já de si pouco fica bem perto do nulo.

Amor do Mundo

Todos os problemas do Mundo nascem no amor. É verdade. Por incrível que pareça. Se não, vejamos: -Numa guerra planta-se ódio, no entanto, é o amor à pátria que impulsiona os soldados a guerrilhar entre si. -Numa casa quando alguém discute é por amor, porque deseja que o interlocutor concorde consigo. -Numa relação desastrada, muita gente se suicida ou morre por acidente após perturbação emocional, devido ao amor que ainda sente e que o compele a ficar triste. -Numa relação ainda platónica é por amor que o indivíduo não correspondido sofre. Sendo assim, está provado que o amor é causa para muitos destes problemas. Contudo, isto só acontece se for mal usado. Por que se o usarmos bem…

Errata

A vida é feita de enganos. Pois, para isso mesmo fui alertado e deixo aqui a correcção a um desses erros. No post "Regresso", referi a decisão do PP e do PSD de "concorrerem juntos". Está mal. Eles não concorrerão juntos, mas, antes, juntar-se-ão se um deles vencer e constituirão governo dessa forma. Fica o reparo e uma opinião: não foi tão importante assim porque duvido que a vitória quer de um quer de outro aconteça.

Dejà Vu

Vivemos num mundo de diferenças, é certo, mas não raras vezes tudo parece dejà vu. Os políticos, os que estão, os que estarão e os que estiveram, actuam, mais diferença menos diferença da mesma forma: se dizem que é para apertar o cinto apertam demasiado, se dizem que estamos a entrar em retoma exageram na despesa, etc, etc, etc. Os homens do mundo do futebol (e neste particular distingo dias da Cunha, um homem de larga clarividência) discutem má ou boa fé por parte dos árbitros e do seu background . Não é, na minha opinião, de todo produtivo que se discuta tal coisa. Partindo do princípio da boa fé, temos de fazer vingar as grandes melhoras e não andar a atirar areia para os olhos de ninguém. Ou não será estranho, e não estou a defender ninguém, que Pinto da Costa seja constituído arguido por casos tão enevoados como o da camisola de Rui Jorge, rasgada segundo consta por Mourinho, acto que tem como única testemunha Paulinho, infelizmente, pessoa de algumas limitações mentais. Se Pinto

Lanzarote

Depois da leitura do primeiro volume de "Cadernos de Lanzarote", de Saramago, Portugal ficou para mim um bocadinho mais pequeno. Não que ele ou qualquer outro português o mereça, mas a partir do momento em que Saramago afirma que é ibérico, por tudo o que lhe fizeram aqui, é natural que se fique a pensar: Em que país vivemos nós que querendo andar para a frente recua, enjeitando os seus bons executantes? E nisto não nos confinámos, infelizmente, ao caso particular de Saramago, embora alguns não sejam expulsos, mas deixados fugir.

Conto

Mais uma vez, um conto: A Flor e o Inverno Era uma vez o Inverno. O Inverno, frio e incontrolável como é, começou a tornar-se triste. Sentia-se a falhar, sentia que já não era necessário ou, pelo menos, tão fundamental como todas as outras estações. Certo dia, andando com o frio bem à mão, o Inverno viu, bem perto de si, nascer uma Flor. O seu coração congelado começou a aquecer. Primeiro, lentamente e a medo. Depois, reagindo, foi-se aproximando e falou-lhe. - Olá, flor! Não tens frio? Sabes, nunca pensei que alguém pudesse nascer tão perto do meu coração gélido, quase glacial, mas tu… Não teve coragem de continuar. Ela tinha começado a mostrar-se a luz do dia. As pétalas, uma após outra, foram-se abrindo. A cor que a preenchia era inqualificável. Era vermelha, daquele calor que ele sentira; era cor-de-rosa, da fragilidade e da sensibilidade; era verde, da esperança; era branca, da pureza. Revelava-se lentamente e, talvez por isso, o coração do Inverno batia cada vez mais acelerado.

Respeito: limites e infracções

Até que ponto podemos nós ir quando se trata de respeitar os outros? Sendo que os limites são impostos por cada um de nós, não será difícil para o interlocutor distinguir quando vai, ou não, infringi-los? Se estes limites não lhe forem mostrados não faremos mal em censurá-lo caso os infrinja? Pois é nisto que temos de pensar quando agimos desse modo.

Regresso

Depois de alguns problemas técnicos com o computador, dá-se o regresso. Para trás deixei grandes períodos históricos para o nosso país: a dissolução da AR, a sagração do FCPorto como Campeão do Mundo, a decisão do PSD e do PP de concorrerem juntos (para este ainda vou a tempo), mas confesso que não deixei quem "me" lê tão mal como se pode pensar. O penúltimo post até é bem engraçado. Este interregno serviu ainda para me ligar mais ao blog, uma vez que a síndrome de abstinência falou mais alto e muitas vezes senti falta deste aparelho de desabafo. Assim sendo, resta-me cumprir com o meu papel a partir daqui e não defraudar nenhuma, mesmo nenhuma expectativa. Até porque mais de 1300 visitas não me dão margem de manobra…